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Família Munhoz de Camargo - Raízes pioneiras na formação de São Paulo e Rio Grande do Sul

Família Munhoz de Camargo - Raízes pioneiras na formação de São Paulo e Rio Grande do Sul
Livro: Família Munhoz de Camargo - Raízes pioneiras na formação de São Paulo e Rio Grande do Sul
Autora: Jandira Munhoz Schmidt
Livro: Família Munhoz de Camargo - Raízes pioneiras na formação de São Paulo e Rio Grande do Sul
Autora: Jandira Munhoz Schmidt

Família MUNHOZ de CAMARGO Raízes pioneiras na formação de São Paulo e Rio Grande do Sul
JANDIRA MUNHOZ SCHMIDT
Sócia no Instituto Genealógico
do Rio Grande do Sul.
Bacharel e Licenciatura Plena
em História Natural, PUCRS 1952-
53; Pós-Graduação em Orientação
Educacional PUCRS 1960; registro
de Especialista em Educação MEC;
Especialista em Turismo e Lazer
PUCRS, 1981.
Lecionou Ciências Naturais, Bi-
ologia, Biologia Educacional, Bio-
logia Aplicada à Educação, Pueri-
cultura, Genética, Anatomia e Fisi-
dlogia Humana. Zoologia Botâni-
ca, Física e Química, etc. em colé-
gios particulares e nos Colégios Es-
taduais de 2º Grau Manoel Ribas
em St' Maria (1953-54) e Dom João
Becker em Porto Alegre (27 anos)
onde fundou e trabalhou 9 anos na
sala de Audiovisual, tendo se apo-
sentado como Professora Estadu-
al após 29 anos e meio de magis-
tério.
Tencionava ter levantado a
genealogia de todos os Munhoz de
Camargo naturais do Rio Grande
do Sul. Teria sido um trabalho
exaustivo mas gratificante, não fos-
sem os entraves enfrentados du-
rante três longos anos ao acesso
a documentos originais como
registros de batismo, casamentos,
óbitos. inventários, testamentos,
etc. e o alto custo de certidões do
século passado.
Após persistentes tentativas
junto a autoridades competentes,
convencidos da seriedade de nos-
so trabalho, lentamente as portas
das instituições foram se abrindo
JANDIRA MUNHOZ SCHMIDT
Sócia no Instituto Genealógico
do Rio Grande do Sul.
Bacharel e Licenciatura Plena
em História Natural, PUCRS 1952-
53; Pós-Graduação em Orientação
Educacional PUCRS 1960; registro
de Especialista em Educação MEC;
Especialista em Turismo e Lazer
PUCRS, 1981.
Lecionou Ciências Naturais, Bi-
ologia, Biologia Educacional, Bio-
logia Aplicada à Educação, Pueri-
cultura, Genética, Anatomia e Fisi-
dlogia Humana. Zoologia Botâni-
ca, Física e Química, etc. em colé-
gios particulares e nos Colégios Es-
taduais de 2º Grau Manoel Ribas
em St' Maria (1953-54) e Dom João
Becker em Porto Alegre (27 anos)
onde fundou e trabalhou 9 anos na
sala de Audiovisual, tendo se apo-
sentado como Professora Estadu-
al após 29 anos e meio de magis-
tério.
Tencionava ter levantado a
genealogia de todos os Munhoz de
Camargo naturais do Rio Grande
do Sul. Teria sido um trabalho
exaustivo mas gratificante, não fos-
sem os entraves enfrentados du-
rante três longos anos ao acesso
a documentos originais como
registros de batismo, casamentos,
óbitos. inventários, testamentos,
etc. e o alto custo de certidões do
século passado.
Após persistentes tentativas
junto a autoridades competentes,
convencidos da seriedade de nos-
so trabalho, lentamente as portas
das instituições foram se abrindo

MUNHOZ SCHMIDT, Jandira de Mello.
M966f Família Munhoz de Camargo - Raízes pioneiras na formação de
São Paulo e Rio Grande do Sul / Jandira de Mello Munhoz Schmidt
- Porto Alegre. A autora, 1998. 364 p.
CDU 929.52.09
Catalogação na Publicação: Eliana da Silva Rodrigues - CRB 10/584
Assuntos para catálogo:
1. Genealogia - Família Munhoz de Camargo 2. Família Munhoz de Camargo do RS -
Raízes européias e brasileiras 3. Nobreza heráldica 4. Brasão dos Camargos e Brasão
Muñoz - Interpretação heráldica 5. Península ibérica - História e Mapas - Invasões e
domínios: cartaginês, romano, visigodo, árabe 6. Reinos cristãos e a Reconquista 7.
Reino de Portugal e Reino de Espanha - Formação - Descobrimentos além-mar 8. São
Paulo - Formação - Camargos bandeirantes 9. Rio-Grande do Sul - História e Mapas
10. Desbravadores paulistas - Vacarias - Ciclo dos tropeiros 11. Reduções jesuíticas
paraguaias no Sul do Brasil - Reação dos bandeirantes 12. Colônia do Sacramento 13.
O Continente - Povoadores paulistas, lagunenses e açorianos - Sesmarias 14. Rio
Grande de São Pedro 15. Tratado de Madrid 1750 16. Expedição demarcadora de
fronteiras - Obstruções à demarcação de limites 17. Guerra guaranítica 18. Tratado de
El Pardo 19. Descumprimento de Tratados - Invasão de Rio Grande por Ceballos -
Invasão da Ilha de Sta. Catarina 20. Invasão de Vertiz e Tranqueira de Rio Pardo 21.
Exército do Sul 22. Tratado de Sto. Ildefonso 23. Avanço de fronteiras - Reconquista da
região missioneira 24. Capitania do Rio Grande do Sul de São Pedro - 1ª Divisão
Administrativa 25. Limites internacionais do Rio Grande do Sul 26. Intervenção do Brasil
nas questões do Prata 27. Província Cisplatina 28. Guerra a Artigas 29. Guerra
Cisplatina - Batalha do Passo do Rosário 30. Guerra dos Farrapos 31. Guerra do
Paraguai 32. Revolução federalista 33. Revolução de 1923 34. Revolução de 1925
35. Lavras do Sul - Mapa
Direitos reservados. A Genealogia da Família
Munhoz de Camargo, total ou parcialmente, não
poderá ser guardada pelo sistema retrieval,
microfilmada, reproduzida por quaisquer outros
meios, eletrônica, mecânica, de gravação, de
fotocópia etc., sem prévia, expressa e específica
autorização de J. Munhoz Schmidt.
Pesquisa, composição, revisão, capa e criação: J. Munhoz Schmidt
Mapas: J. Munhoz Schmidt , coolaboração técnica de Gilberto Rama
Impressão: Gráfica EVANGRAF
"Algunos historiadores afirman que los Muñoz
proceden del Consul Lúcio Plínio, Capítãn de los
Romanos, que estuvo en nuestra Província, donde
triunfó sobre lusitanos 200 Años a. C.
"El Arcebispo Don Rodrigo afirma que en la
queda del Imperio Visigotico (711 d.C.) era Señor
de Ilha de Cerdeña, del Rosellón, Palas y Salsas
hasta el Val de Arán, un príncipe de liñage Muñoz,
genro de Eudo que dominava en Guiena.
"Outros autores confirmar que los Muñoz
descienden de los reyes de Escocia pues un
príncipe de esta Casa há venido a España en
tiempo de los Godos y quedó heredero de Ia Vila
de Lanfranco de las Mantaños de Jaca.
"Estas procedencias estãn em documentos
en poder de Honorato Muñoz Ternel (Uruguai).
Los Anales Castellanos dicem que los Muñoz
proceden de sangre real Goda."
Biografia y Linage del Gral. Agustin Muñoz
in Revista del Instituto de Estudios Genealógicos del Uruguay
M966f Família Munhoz de Camargo - Raízes pioneiras na formação de
São Paulo e Rio Grande do Sul / Jandira de Mello Munhoz Schmidt
- Porto Alegre. A autora, 1998. 364 p.
CDU 929.52.09
Catalogação na Publicação: Eliana da Silva Rodrigues - CRB 10/584
Assuntos para catálogo:
1. Genealogia - Família Munhoz de Camargo 2. Família Munhoz de Camargo do RS -
Raízes européias e brasileiras 3. Nobreza heráldica 4. Brasão dos Camargos e Brasão
Muñoz - Interpretação heráldica 5. Península ibérica - História e Mapas - Invasões e
domínios: cartaginês, romano, visigodo, árabe 6. Reinos cristãos e a Reconquista 7.
Reino de Portugal e Reino de Espanha - Formação - Descobrimentos além-mar 8. São
Paulo - Formação - Camargos bandeirantes 9. Rio-Grande do Sul - História e Mapas
10. Desbravadores paulistas - Vacarias - Ciclo dos tropeiros 11. Reduções jesuíticas
paraguaias no Sul do Brasil - Reação dos bandeirantes 12. Colônia do Sacramento 13.
O Continente - Povoadores paulistas, lagunenses e açorianos - Sesmarias 14. Rio
Grande de São Pedro 15. Tratado de Madrid 1750 16. Expedição demarcadora de
fronteiras - Obstruções à demarcação de limites 17. Guerra guaranítica 18. Tratado de
El Pardo 19. Descumprimento de Tratados - Invasão de Rio Grande por Ceballos -
Invasão da Ilha de Sta. Catarina 20. Invasão de Vertiz e Tranqueira de Rio Pardo 21.
Exército do Sul 22. Tratado de Sto. Ildefonso 23. Avanço de fronteiras - Reconquista da
região missioneira 24. Capitania do Rio Grande do Sul de São Pedro - 1ª Divisão
Administrativa 25. Limites internacionais do Rio Grande do Sul 26. Intervenção do Brasil
nas questões do Prata 27. Província Cisplatina 28. Guerra a Artigas 29. Guerra
Cisplatina - Batalha do Passo do Rosário 30. Guerra dos Farrapos 31. Guerra do
Paraguai 32. Revolução federalista 33. Revolução de 1923 34. Revolução de 1925
35. Lavras do Sul - Mapa
Direitos reservados. A Genealogia da Família
Munhoz de Camargo, total ou parcialmente, não
poderá ser guardada pelo sistema retrieval,
microfilmada, reproduzida por quaisquer outros
meios, eletrônica, mecânica, de gravação, de
fotocópia etc., sem prévia, expressa e específica
autorização de J. Munhoz Schmidt.
Pesquisa, composição, revisão, capa e criação: J. Munhoz Schmidt
Mapas: J. Munhoz Schmidt , coolaboração técnica de Gilberto Rama
Impressão: Gráfica EVANGRAF
"Algunos historiadores afirman que los Muñoz
proceden del Consul Lúcio Plínio, Capítãn de los
Romanos, que estuvo en nuestra Província, donde
triunfó sobre lusitanos 200 Años a. C.
"El Arcebispo Don Rodrigo afirma que en la
queda del Imperio Visigotico (711 d.C.) era Señor
de Ilha de Cerdeña, del Rosellón, Palas y Salsas
hasta el Val de Arán, un príncipe de liñage Muñoz,
genro de Eudo que dominava en Guiena.
"Outros autores confirmar que los Muñoz
descienden de los reyes de Escocia pues un
príncipe de esta Casa há venido a España en
tiempo de los Godos y quedó heredero de Ia Vila
de Lanfranco de las Mantaños de Jaca.
"Estas procedencias estãn em documentos
en poder de Honorato Muñoz Ternel (Uruguai).
Los Anales Castellanos dicem que los Muñoz
proceden de sangre real Goda."
Biografia y Linage del Gral. Agustin Muñoz
in Revista del Instituto de Estudios Genealógicos del Uruguay

APRESENTAÇÃO
"Dr. Nóca" e "dona Mendica", assim popularmente conhecidos, cultuavam a história e tradições gaúchas, rememorando façanhas heróicas. Datas e nomes transmitidos em nossa infância, perdidos na memória... vivos ficaram os ensinamentos.
Encontrando o inventário do tetravô Severino Munhoz de Camargo entre os guardados de papai, lá pelos idos de sessenta Pe. Hilário de Mello Munhós o emprestara ao primo Pe. André Gomes Munhós. Tomando conhecimento deste documento há apenas quatro anos, levantei esta genealogia, reavivando a convivência com nossos ancestrais.
Orientei inicialmente este estudo tendo em mira nossas raízes diretas. Difícil foi comprovar a filiação de Severino que acompanhando os sogros, migrara com a família de Rio Pardo para Camaquã-Chico em Santo Antônio das Lavras, nos primórdios de 1800. O Livro 2 de batismos de Rio Pardo (1763-1774) está extraviado e seu casamento não foi em Rio Pardo. Iniciava-se a saga do elo perdido.
Por dois longos anos, não podendo precisar com exatidão datas e locais, infrutíferas foram as tentativas de conseguir outros dados na Cúria Metropolitana de Porto Alegre. Documentos originais até então inacessíveis... Microfilmes inutilizados por fungos. Compreende-se que, para conservação destes preciosos e desgastados papeis, o acesso ao público seja vedado. Informatizados, resgatariam da história oculta entre mofos e traças, uma ampla gama de conhecimentos.
À cata de pistas, percorrendo um árduo e desanimador caminho, consultei centenas de obras, livros e fichários genealógicos, buscando sempre que possível subsídios em documentos originais nos acervos do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, Arquivo Público Estadual e registros em livros eclesiásticos.
Tentando situar histórica e geograficamente os fatos, utilizei pesquisas de renomados autores, pedindo escusas a historiadores e geógrafos, por neófita e despretensiosamente entrar em seara alheia.
De minha responsabilidade são os rodapés elucidativos.
Observarão que o sobrenome De Camargo nos foi transmitido por varões nas duas primeiras gerações em São Paulo e que o casamento de Victória de Camargo com Fernando Munhoz originou a família Munhoz de Camargo em S. Paulo, nome, que se firmou no Rio Grande do Sul através de varões em seis gerações sucessivas.
Pesquisando raízes da família, constatei seu pioneirismo na formação de São Paulo, bandeirantismo em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Mato Grossó, Paraná, Sta. Catarina, rotas para o Sul, erradicando postos espanhóis da Província do Tape; e que, a partir de 1752, aqui fabricaram canoas, verificaram a navegabilidade dos rios, construíram pontes e fortes, abrindo caminhos, ampliando as fronteiras do Rio Grande do Sul.
Adentrei pela heráldica para maior compreensão dos títulos de nobreza. Em "Os Camargos de São Paulo", Carvalho Franco estampa vários brasões da estirpe De Camargo. Pe. André Gomes Munhós nos cedeu a foto do brasão da família Muñoz trazida da Espanha.
Diferentemente aconteceu com os ancestrais de Arminda Soares de Mello, (Lemos de Mello, Lemes da Silva, Soares de Oliveira, Nogueira Braga, Martins Menezes, Teixeira Brasil, Souza Gonçalves, Lima Barcelos, Ribeiro etc.) dificultando o levantamento genealógico.
Só em setembro de 1995, tive enfim acesso a algumas fichas cadastradas por Godofredo Felizardo na Cúria Metropolitana de Porto Alegre que, a esta altura, quase nada acrescentaram ao já compilado.
A partir de 1995, com autorização da então diretora do Arquivo Público Estadual, Rosani Gorete Feron, pesquisei inventários e testamentos de Rio Pardo, Porto Alegre, Livramento, Santiago, Alegrete, Dom Pedrito, São Gabriel, Bagé, Caçapava, Passo Fundo, Lavras do Sul etc., de todo RS, além de habilitações (1870-1939) e certidões de casamentos (1936-1975) de Lavras do Sul, completando dados da descendência de Francisco e Severino Munhoz de Camargo.
Meu carinho à Neide Regina Ilha, Ana Maria Baptista e à eficiente equipe da Sala de Pesquisas do Arquivo Público Estadual do Rio Grande do Sul que satisfizeram minhas instâncias.
Grande apreço à Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico Rio Grande do Sul, ao atendimento de Eduardo Kersting, ao incentivo de Miguel Duarte e historiadores que me apoiaram como Dr. Paulo Xavier localizando no Arquivo Histórico do RS, o documento original do desembarque dos 60 paulistas, às Margens do Rio Viamão, (em Porto Alegre, nas margens do rio Guaíba), dia 23 de novembro 1752.
Agradecimento especial a D. Laurindo Guizzard, DD Bispo da Diocese de Bagé, extensivo a seus arquivistas e secretárias.
À Casa de Cultura de Lavras do Sul, pelo entusiasmo e cobrança do lançamento do livro, um afetuoso "muito obrigada".
Agradeço a compreensão dos funcionáriós da gráfica Evangraf.
A meus irmãos que entrevistaram parentes, aos primos e sobrinhos, assim como a todos que me forneceram dados de seus familiares, sou grata pela colaboração.
Jandira Munhoz Schmidt
"Dr. Nóca" e "dona Mendica", assim popularmente conhecidos, cultuavam a história e tradições gaúchas, rememorando façanhas heróicas. Datas e nomes transmitidos em nossa infância, perdidos na memória... vivos ficaram os ensinamentos.
Encontrando o inventário do tetravô Severino Munhoz de Camargo entre os guardados de papai, lá pelos idos de sessenta Pe. Hilário de Mello Munhós o emprestara ao primo Pe. André Gomes Munhós. Tomando conhecimento deste documento há apenas quatro anos, levantei esta genealogia, reavivando a convivência com nossos ancestrais.
Orientei inicialmente este estudo tendo em mira nossas raízes diretas. Difícil foi comprovar a filiação de Severino que acompanhando os sogros, migrara com a família de Rio Pardo para Camaquã-Chico em Santo Antônio das Lavras, nos primórdios de 1800. O Livro 2 de batismos de Rio Pardo (1763-1774) está extraviado e seu casamento não foi em Rio Pardo. Iniciava-se a saga do elo perdido.
Por dois longos anos, não podendo precisar com exatidão datas e locais, infrutíferas foram as tentativas de conseguir outros dados na Cúria Metropolitana de Porto Alegre. Documentos originais até então inacessíveis... Microfilmes inutilizados por fungos. Compreende-se que, para conservação destes preciosos e desgastados papeis, o acesso ao público seja vedado. Informatizados, resgatariam da história oculta entre mofos e traças, uma ampla gama de conhecimentos.
À cata de pistas, percorrendo um árduo e desanimador caminho, consultei centenas de obras, livros e fichários genealógicos, buscando sempre que possível subsídios em documentos originais nos acervos do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, Arquivo Público Estadual e registros em livros eclesiásticos.
Tentando situar histórica e geograficamente os fatos, utilizei pesquisas de renomados autores, pedindo escusas a historiadores e geógrafos, por neófita e despretensiosamente entrar em seara alheia.
De minha responsabilidade são os rodapés elucidativos.
Observarão que o sobrenome De Camargo nos foi transmitido por varões nas duas primeiras gerações em São Paulo e que o casamento de Victória de Camargo com Fernando Munhoz originou a família Munhoz de Camargo em S. Paulo, nome, que se firmou no Rio Grande do Sul através de varões em seis gerações sucessivas.
Pesquisando raízes da família, constatei seu pioneirismo na formação de São Paulo, bandeirantismo em Minas Gerais, Goiás, Bahia, Mato Grossó, Paraná, Sta. Catarina, rotas para o Sul, erradicando postos espanhóis da Província do Tape; e que, a partir de 1752, aqui fabricaram canoas, verificaram a navegabilidade dos rios, construíram pontes e fortes, abrindo caminhos, ampliando as fronteiras do Rio Grande do Sul.
Adentrei pela heráldica para maior compreensão dos títulos de nobreza. Em "Os Camargos de São Paulo", Carvalho Franco estampa vários brasões da estirpe De Camargo. Pe. André Gomes Munhós nos cedeu a foto do brasão da família Muñoz trazida da Espanha.
Diferentemente aconteceu com os ancestrais de Arminda Soares de Mello, (Lemos de Mello, Lemes da Silva, Soares de Oliveira, Nogueira Braga, Martins Menezes, Teixeira Brasil, Souza Gonçalves, Lima Barcelos, Ribeiro etc.) dificultando o levantamento genealógico.
Só em setembro de 1995, tive enfim acesso a algumas fichas cadastradas por Godofredo Felizardo na Cúria Metropolitana de Porto Alegre que, a esta altura, quase nada acrescentaram ao já compilado.
A partir de 1995, com autorização da então diretora do Arquivo Público Estadual, Rosani Gorete Feron, pesquisei inventários e testamentos de Rio Pardo, Porto Alegre, Livramento, Santiago, Alegrete, Dom Pedrito, São Gabriel, Bagé, Caçapava, Passo Fundo, Lavras do Sul etc., de todo RS, além de habilitações (1870-1939) e certidões de casamentos (1936-1975) de Lavras do Sul, completando dados da descendência de Francisco e Severino Munhoz de Camargo.
Meu carinho à Neide Regina Ilha, Ana Maria Baptista e à eficiente equipe da Sala de Pesquisas do Arquivo Público Estadual do Rio Grande do Sul que satisfizeram minhas instâncias.
Grande apreço à Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico Rio Grande do Sul, ao atendimento de Eduardo Kersting, ao incentivo de Miguel Duarte e historiadores que me apoiaram como Dr. Paulo Xavier localizando no Arquivo Histórico do RS, o documento original do desembarque dos 60 paulistas, às Margens do Rio Viamão, (em Porto Alegre, nas margens do rio Guaíba), dia 23 de novembro 1752.
Agradecimento especial a D. Laurindo Guizzard, DD Bispo da Diocese de Bagé, extensivo a seus arquivistas e secretárias.
À Casa de Cultura de Lavras do Sul, pelo entusiasmo e cobrança do lançamento do livro, um afetuoso "muito obrigada".
Agradeço a compreensão dos funcionáriós da gráfica Evangraf.
A meus irmãos que entrevistaram parentes, aos primos e sobrinhos, assim como a todos que me forneceram dados de seus familiares, sou grata pela colaboração.
Jandira Munhoz Schmidt

PENÍNSULA IBÉRICA
Pré-história
Descobertas arqueológicas comprovam que a Península Ibérica foi habitada em eras pré-históricas. Citarei alguns fatos relevantes:
Ossos humanos, tipo Neanderthael, do período paleolítico anteriores à glaciação, foram achados em Gibraltar e região central de Portugal.
Datam do paleolítico inferior, resquícios das culturas abevileana, acheleana e levaloiseana encontrados na região do Baixo Douro e Jarama; vestígios da cultura musteriana nas regiões Cantábrica e Mediterrânea espanholas. São do paleolítico superior impressionantes pinturas rupestres de animais nas grutas de Altamira/Santander.
Do mesolítico, vestígios do homem da idade da pedra, das tribos do Homo Taganus, achados no vale do rio Tejo/POR. No sudoeste espanhol, pinturas rupestres ao ar livre representam a caça e a dança.
Remontam ao neolítico (5000 - 2500 a.C.), cerâmicas com bordos ou faces de conchas marinhas como a Cardium edule, originárias do litoral da Síria, encontradas em grutas portuguesas.
Na Espanha, traços da cultura da pedra polida (2400 - 1500 a.C.), fortificações em Los Millares, vestígios do povoamento basco e ibero ao norte e sul na região de Almería. Em El Agar habitações fortificadas, sepulcros cavados e detalhes de influências orientais especialmente egípcias (1700-1000 a.C.). Construções funerárias do período encolítico. Espalhados pela Andaluzia e Serra do Levante, vestígios da idade áurea dos metais dúcteis e agricultura.
Dólmenes e castros da cultura megalítica portuguesa que se irradiou pela Galícia, Bretanha e Europa central.
Primeiros habitantes
Talvez os iberos, autóctones na região do rio Ebro ou vindos do norte da África, os mais antigos habitantes da Europa Ocidental, considerados antepassados dos Bascos. Distribuídos em pequenas repúblicas povoaram a costa mediterrânea desde século XV a.C.
Ligures, primitivos habitantes da região entre o Loire e o golfo de Gênova ou Ligúria, repeliram os iberos para o sudoeste da Gália. Participaram também da história primitiva da Península Ibérica.
7
Pré-história
Descobertas arqueológicas comprovam que a Península Ibérica foi habitada em eras pré-históricas. Citarei alguns fatos relevantes:
Ossos humanos, tipo Neanderthael, do período paleolítico anteriores à glaciação, foram achados em Gibraltar e região central de Portugal.
Datam do paleolítico inferior, resquícios das culturas abevileana, acheleana e levaloiseana encontrados na região do Baixo Douro e Jarama; vestígios da cultura musteriana nas regiões Cantábrica e Mediterrânea espanholas. São do paleolítico superior impressionantes pinturas rupestres de animais nas grutas de Altamira/Santander.
Do mesolítico, vestígios do homem da idade da pedra, das tribos do Homo Taganus, achados no vale do rio Tejo/POR. No sudoeste espanhol, pinturas rupestres ao ar livre representam a caça e a dança.
Remontam ao neolítico (5000 - 2500 a.C.), cerâmicas com bordos ou faces de conchas marinhas como a Cardium edule, originárias do litoral da Síria, encontradas em grutas portuguesas.
Na Espanha, traços da cultura da pedra polida (2400 - 1500 a.C.), fortificações em Los Millares, vestígios do povoamento basco e ibero ao norte e sul na região de Almería. Em El Agar habitações fortificadas, sepulcros cavados e detalhes de influências orientais especialmente egípcias (1700-1000 a.C.). Construções funerárias do período encolítico. Espalhados pela Andaluzia e Serra do Levante, vestígios da idade áurea dos metais dúcteis e agricultura.
Dólmenes e castros da cultura megalítica portuguesa que se irradiou pela Galícia, Bretanha e Europa central.
Primeiros habitantes
Talvez os iberos, autóctones na região do rio Ebro ou vindos do norte da África, os mais antigos habitantes da Europa Ocidental, considerados antepassados dos Bascos. Distribuídos em pequenas repúblicas povoaram a costa mediterrânea desde século XV a.C.
Ligures, primitivos habitantes da região entre o Loire e o golfo de Gênova ou Ligúria, repeliram os iberos para o sudoeste da Gália. Participaram também da história primitiva da Península Ibérica.
7

Fenícios e gregos
Fenícios, notáveis navegadores e comerciantes, oriundos da Fenícia, antiga região da Ásia onde ocupavam estreita faixa de terra na costa oeste da Síria, fundaram entrepostos como Malacha (Málaga) e Gádix (Cadiz) entre 1200 a 800 a.C. no sudeste e sudoeste da Espanha, talvez para comerciarem produtos agrícolas do Vale de Guadalquivir e metais extraídos da Serra Morena no rico Império dos Tartessos. Viveram junto à desembocadura do rio Guadalquivir, rio Guadiana e do rio Tejo 600 a.C. e em Algarve, Alcacer do Sal, Aveiro, Póvoa do Varzim e Vila Praia da Âncora no litoral português.
Por moedas e vasos encontrados na necrópole de Alcácer do Sal em Alentejo e da Serra do Pilar no Porto, comprova-se a estada dos gregos no século VII a.C. em Portugal. Instalaram postos em toda costa leste na Espanha nos séculos VII a.C. a VI a.C. A primeira colônia grega se estendia de Massília (Marselha) a Empórium (Ampúrias) na costa da Catalunha na Espanha.
Na arte e cerâmicas decoradas com pinturas dos iberos nota-se a influência fenícia e grega, enquanto as figurinhas e máscaras ibisa em santuários e tumbas, as esculturas de Cerro de los Santos e a famosa "Dama de Elche", no Museu Arqueológico de Madri, são da cultura cartaginesa.
Celtas e Pós-hallstattianos
Povo nórdico procedente da Gália, os Celtas invadiram o norte português (Trás-os Montes) nos séculos VIII a.C. a VI a.C. espalhando-se na região do rio Tejo no século VI.
No vale do Ebro e noroeste da meseta (Marca Espanhola), a miscigenação entre celtas e Iberos originou os Celtiberos que no século IV a.C. se expandiram pelo leste e centro peninsular.
A evoluída civilização de Hallstatt, 600 a.C. invadiu a Península Ibérica, desenvolvendo nos três primeiros séculos da 2ª Idade do Ferro, a civilização Pós-hallstattiana no centro e no oeste da Península, paralelamente à civilização ibérica do sul e do oeste da Espanha. Vestígios dela são os castros em Portugal e em Castela, as necrópoles de incineração com cerâmicas semelhantes a dos Hallstatt na Europa, também armas e bronzes como a fíbula de Certosa.
Na civilização Aragonesa, que conservou uma cultura arcaica até o século III, a influência pós-hallstattiana foi anterior à Ibérica.
8
Cartagineses e Romanos
Segundo a lenda, liderados pela rainha Dido, no século IX a.C. colonos fenícios fundaram Cartago, feitoria comercial, a noroeste de Tunísia, na costa mediterrânea africana.
Experientes navegadores e hábeis comerciantes, os cartagineses assumiram entrepostos fenícios peninsulares 520 a.C. Fundaram Portus Hannibalis (Portimão, costa sul portuguesa) e Bensafrim (Lagos).
Cartago reexportava matérias-primas com o Oriente, explorava as minas de prata na Península Ibérica e recebendo altos tributos das inúmeras regiões que dominava, tornou-se a maior potência mercantil e marítima do Mediterrâneo ocidental (Mar hespanicus).
Enquanto a Itália era dominada por etruscos, Roma ocupando apenas a parte central, mantinha boas relações com Cartago. Estabeleceram 3 convênios e uma aliança quando Roma combateu Pirro 278 a.C. Conquistando toda a Itália, ao subjugar a última cidade etrusca, Roma propugna pela hegemonia no mar Mediterrâneo.
Investindo contra Sicília 261 a.C., Roma inicia a 1ª Guerra Púnica contra Cartago. Depois de várias batalhas, dominando as Ilhas Égades 246 a.C., transforma Sicília em Província Romana.
Perdendo muitas possessões aos romanos, os cartagineses conquistam a Península, comandados pelo Gen. Amilcar Barca, tomam
9
Fenícios, notáveis navegadores e comerciantes, oriundos da Fenícia, antiga região da Ásia onde ocupavam estreita faixa de terra na costa oeste da Síria, fundaram entrepostos como Malacha (Málaga) e Gádix (Cadiz) entre 1200 a 800 a.C. no sudeste e sudoeste da Espanha, talvez para comerciarem produtos agrícolas do Vale de Guadalquivir e metais extraídos da Serra Morena no rico Império dos Tartessos. Viveram junto à desembocadura do rio Guadalquivir, rio Guadiana e do rio Tejo 600 a.C. e em Algarve, Alcacer do Sal, Aveiro, Póvoa do Varzim e Vila Praia da Âncora no litoral português.
Por moedas e vasos encontrados na necrópole de Alcácer do Sal em Alentejo e da Serra do Pilar no Porto, comprova-se a estada dos gregos no século VII a.C. em Portugal. Instalaram postos em toda costa leste na Espanha nos séculos VII a.C. a VI a.C. A primeira colônia grega se estendia de Massília (Marselha) a Empórium (Ampúrias) na costa da Catalunha na Espanha.
Na arte e cerâmicas decoradas com pinturas dos iberos nota-se a influência fenícia e grega, enquanto as figurinhas e máscaras ibisa em santuários e tumbas, as esculturas de Cerro de los Santos e a famosa "Dama de Elche", no Museu Arqueológico de Madri, são da cultura cartaginesa.
Celtas e Pós-hallstattianos
Povo nórdico procedente da Gália, os Celtas invadiram o norte português (Trás-os Montes) nos séculos VIII a.C. a VI a.C. espalhando-se na região do rio Tejo no século VI.
No vale do Ebro e noroeste da meseta (Marca Espanhola), a miscigenação entre celtas e Iberos originou os Celtiberos que no século IV a.C. se expandiram pelo leste e centro peninsular.
A evoluída civilização de Hallstatt, 600 a.C. invadiu a Península Ibérica, desenvolvendo nos três primeiros séculos da 2ª Idade do Ferro, a civilização Pós-hallstattiana no centro e no oeste da Península, paralelamente à civilização ibérica do sul e do oeste da Espanha. Vestígios dela são os castros em Portugal e em Castela, as necrópoles de incineração com cerâmicas semelhantes a dos Hallstatt na Europa, também armas e bronzes como a fíbula de Certosa.
Na civilização Aragonesa, que conservou uma cultura arcaica até o século III, a influência pós-hallstattiana foi anterior à Ibérica.
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Cartagineses e Romanos
Segundo a lenda, liderados pela rainha Dido, no século IX a.C. colonos fenícios fundaram Cartago, feitoria comercial, a noroeste de Tunísia, na costa mediterrânea africana.
Experientes navegadores e hábeis comerciantes, os cartagineses assumiram entrepostos fenícios peninsulares 520 a.C. Fundaram Portus Hannibalis (Portimão, costa sul portuguesa) e Bensafrim (Lagos).
Cartago reexportava matérias-primas com o Oriente, explorava as minas de prata na Península Ibérica e recebendo altos tributos das inúmeras regiões que dominava, tornou-se a maior potência mercantil e marítima do Mediterrâneo ocidental (Mar hespanicus).
Enquanto a Itália era dominada por etruscos, Roma ocupando apenas a parte central, mantinha boas relações com Cartago. Estabeleceram 3 convênios e uma aliança quando Roma combateu Pirro 278 a.C. Conquistando toda a Itália, ao subjugar a última cidade etrusca, Roma propugna pela hegemonia no mar Mediterrâneo.
Investindo contra Sicília 261 a.C., Roma inicia a 1ª Guerra Púnica contra Cartago. Depois de várias batalhas, dominando as Ilhas Égades 246 a.C., transforma Sicília em Província Romana.
Perdendo muitas possessões aos romanos, os cartagineses conquistam a Península, comandados pelo Gen. Amilcar Barca, tomam
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Cádiz 278 a.C., Barcelona 237a.C.. Asdrubal funda, em 219 a.C. Nova Cartago (Cartagena) ali instalando seu governo. Tomam Sagunto, aliada de Roma, aliciando muitas tribos.
Saindo de Pisa, os romanos invadem Ibéria impedindo o avanço dos cartagineses junto ao rio Ebro 227a.C. Tomam Cissa (218-217a.C.), Hibera 216 a.C. e Amposta. Temendo o ressurgimento de Cartago, Roma reincide e vence a 2.a- Guerrá Púnica 218-201 a.C. Depois de tomar Cartago, romanos que já dominavam a serra Morena, descem ao vale de Guadalquivir 206 a.C., controlando a região de Cádiz. À Hispania Citerior, na costa leste desde Tarragona a Sagunto, acrescentaram a Hispania Ulterior, no sul.
Recuperando a economia, sem conseguir reorganizar o poder militar e político, Cartago declara guerra à Numídia 151-150 a.C. Chegando à África, os cônsules romanos Lúcio Márcio Censorino e Mânio Manílio exigem dos cartigineses a deposição de todas as armas, artefatos bélicos e a evasão de Cartago. Não concordando com a destruição da cidade, cartagineses resistem ao cerco por dois anos até a morte, quando Públio Cornélio Scipião Emiliano comandando a 3.5 Guerra Púnica arrasa totalmente Cartago, sete séculos após sua fundação.
Scipião Emiliano saindo de Roma pelo mar Tyrreno 143 a.C., passa entre as ilhas de Córsega e Sardenha, atravessa o mar Mediterrâneo, aportando em Cartagena, na costa ibérica. Desce à Bética e saindo de Gades ataca o norte do território lusitano.
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Radicada na Serra da Estrela, a tribo guerreira lusitana resistiu 10 anos, chefiada pelo pastor Viriato 147-139 a.C., até o assassinato deste.
À margem esquerda do rio Douro 136 a.C., os romanos fundam Cale. Passando por Tríbola, cercam e aniquilam Numância na Galícia 133 a.C., invadem a região Tarraconense, tomam Barcino (Barcelona), região Castelana. Augusto completa a conquista da Península 19 a.C.. Instalando a Província Lusitânia com capital Emérita Augusta (Mérida), funda Lisboa, Santarém, Beja, Braga etc.
Impondo a cultura romana e o cristianismo, criou comunidades cristãs no século Il. A Ibéria Romana perdurou até o século IV d.C.
INVASÕES de bárbaros germanos
Alanos oriundos do Iran, desalojados da Sarmácia pelos Hunos, 200 a.C. fixam-se na Germânia. Entre 407 a 417d.C. migrando pela Gália, invadem a região Tarraconense espanhola; rechaçados pelos visigodos, vão para Lusitânia.
409-585 Suevos que no século III e IV estavam no norte da Germânia, vindo pela Gália e Aquitânia se instalam na Galícia, região das Astúrias e Cantábria, ao norte da Espanha. Fundam um Reino independente a noroeste do Tejo, estabelecendo na foz do rio Douro um posto fiscal, o Porto Cale, origem do nome Portugal.
409-429 Vândalos invadem a Bética ao sul, desde Cádiz à Cartagena. Em 429 desCem para a África. Visigodos -(Godos sábios) dominaram a Península, desde 419-711.
Os Godos, habitantes da Suécia 300 a.C., cruzaram o mar Báltico entrando na região dos Cárpatos no norte eslavo 200-50 a.C.; após 150 a.C. migraram para o sul (Ucrânia), se separando em dois grupos:
a) estrogodos (East Goths) - que habitaram Moesia, Beroes (350-351), próximo da foz do Danúbio, na Bulgária atual.
b) visigodos (West Goths) - expulsos pelos Hunos, oriundos do Extremo Oriente, saíram da Alta Dácia (Romênia) em 375 migrando pelo sul. Comandados por Átila, depois Alaric, estiveram em Constantinopla 389, Mesopotânia e Tesália, Grécia (Atenas, Esparta) e Corinto 399, Peloponeso e Thermópilas; costeando o mar Adriático, migraram por Épirus 399, Dalmácia 400, Aquiléia 401, Verona, Mediolano (Milão) e Polentia 402. Voltando à Aquiléia e Verona, desceram, chegando à Roma em 408. Depois de estarem no Régio, região sul da Itália, e em Consentia 410, após morte de Alaric, os visigodos saem do Lácio comandados por seu irmão Ataulf cm direção à Península Ibérica; migraram pela Etrúria, Gália 'isplaiina, transpondo os Alpes contornaram o rio Ródano, passaram por Marselha e Nal lmne em 412.
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Saindo de Pisa, os romanos invadem Ibéria impedindo o avanço dos cartagineses junto ao rio Ebro 227a.C. Tomam Cissa (218-217a.C.), Hibera 216 a.C. e Amposta. Temendo o ressurgimento de Cartago, Roma reincide e vence a 2.a- Guerrá Púnica 218-201 a.C. Depois de tomar Cartago, romanos que já dominavam a serra Morena, descem ao vale de Guadalquivir 206 a.C., controlando a região de Cádiz. À Hispania Citerior, na costa leste desde Tarragona a Sagunto, acrescentaram a Hispania Ulterior, no sul.
Recuperando a economia, sem conseguir reorganizar o poder militar e político, Cartago declara guerra à Numídia 151-150 a.C. Chegando à África, os cônsules romanos Lúcio Márcio Censorino e Mânio Manílio exigem dos cartigineses a deposição de todas as armas, artefatos bélicos e a evasão de Cartago. Não concordando com a destruição da cidade, cartagineses resistem ao cerco por dois anos até a morte, quando Públio Cornélio Scipião Emiliano comandando a 3.5 Guerra Púnica arrasa totalmente Cartago, sete séculos após sua fundação.
Scipião Emiliano saindo de Roma pelo mar Tyrreno 143 a.C., passa entre as ilhas de Córsega e Sardenha, atravessa o mar Mediterrâneo, aportando em Cartagena, na costa ibérica. Desce à Bética e saindo de Gades ataca o norte do território lusitano.
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Radicada na Serra da Estrela, a tribo guerreira lusitana resistiu 10 anos, chefiada pelo pastor Viriato 147-139 a.C., até o assassinato deste.
À margem esquerda do rio Douro 136 a.C., os romanos fundam Cale. Passando por Tríbola, cercam e aniquilam Numância na Galícia 133 a.C., invadem a região Tarraconense, tomam Barcino (Barcelona), região Castelana. Augusto completa a conquista da Península 19 a.C.. Instalando a Província Lusitânia com capital Emérita Augusta (Mérida), funda Lisboa, Santarém, Beja, Braga etc.
Impondo a cultura romana e o cristianismo, criou comunidades cristãs no século Il. A Ibéria Romana perdurou até o século IV d.C.
INVASÕES de bárbaros germanos
Alanos oriundos do Iran, desalojados da Sarmácia pelos Hunos, 200 a.C. fixam-se na Germânia. Entre 407 a 417d.C. migrando pela Gália, invadem a região Tarraconense espanhola; rechaçados pelos visigodos, vão para Lusitânia.
409-585 Suevos que no século III e IV estavam no norte da Germânia, vindo pela Gália e Aquitânia se instalam na Galícia, região das Astúrias e Cantábria, ao norte da Espanha. Fundam um Reino independente a noroeste do Tejo, estabelecendo na foz do rio Douro um posto fiscal, o Porto Cale, origem do nome Portugal.
409-429 Vândalos invadem a Bética ao sul, desde Cádiz à Cartagena. Em 429 desCem para a África. Visigodos -(Godos sábios) dominaram a Península, desde 419-711.
Os Godos, habitantes da Suécia 300 a.C., cruzaram o mar Báltico entrando na região dos Cárpatos no norte eslavo 200-50 a.C.; após 150 a.C. migraram para o sul (Ucrânia), se separando em dois grupos:
a) estrogodos (East Goths) - que habitaram Moesia, Beroes (350-351), próximo da foz do Danúbio, na Bulgária atual.
b) visigodos (West Goths) - expulsos pelos Hunos, oriundos do Extremo Oriente, saíram da Alta Dácia (Romênia) em 375 migrando pelo sul. Comandados por Átila, depois Alaric, estiveram em Constantinopla 389, Mesopotânia e Tesália, Grécia (Atenas, Esparta) e Corinto 399, Peloponeso e Thermópilas; costeando o mar Adriático, migraram por Épirus 399, Dalmácia 400, Aquiléia 401, Verona, Mediolano (Milão) e Polentia 402. Voltando à Aquiléia e Verona, desceram, chegando à Roma em 408. Depois de estarem no Régio, região sul da Itália, e em Consentia 410, após morte de Alaric, os visigodos saem do Lácio comandados por seu irmão Ataulf cm direção à Península Ibérica; migraram pela Etrúria, Gália 'isplaiina, transpondo os Alpes contornaram o rio Ródano, passaram por Marselha e Nal lmne em 412.
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Depois de raptar Gala Placídia, irmã do imperador romano Honório, Ataulf inicia a conquista da Gália e entrando na Aquitânia ocupa Tolosa (Toulouse). Perseguidos por Constâncio a mando de Honório, os visigodos atravessaram os Pireneus invadindo Barcelona em 414, sendo ali assassinado Ataulf em 415.
A conquista do território espanhol iniciada por Ataulf foi continuada por Vália a quem Honório em 411 doara os territórios visigodos da Aquitânia, com as cidades de Tolosa, Bordéus e Poitiers. Vália devolveu Gala Placídia ao Imperador romano e, em nome deste, conduziu uma guerra exterminadora contra vândalos, alanos e suevos.
Em 417, visigodos invadem desde Córdoba à Cádiz; atravessando o rio Guadalquivir e rio Guadiana tomam Mérida 419, transpõem o rio Tejo e Serra dos Gredos tomando Castela, região Tarraconense, César Augusta (Saragoça) se instalando em Barcino (Barcelona).
Proclamada a independência do Reino visigótico em 476, Roma reconhece a posse do território ao rei Enrico que elabora o código Statuta legum complementado com o breviário de Alarico II, Lex romana visigothorum. No reinado de Alarico II (484-507), invasões visigóticas tomam algumas terras dos hispano-romanos.
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ESPANHA VISIGÓTICA
Clovis, destruindo o reino de Aquitânia na Batalha de Vouillé em 507, confinou os visigodos à Espanha Visigótica onde, por um período de relativa tranqüilidade, reforçaram suas posições.
O rei Atanagildo (551-567) transferiu a capital do Reino da França para Toledo. A unidade política foi estabelecida por Leovegildo em 585, ao dominar os suevos das Astúrias e Cantábria.
554-624 Justiniano, imperador de Bisâncio, restaura à força o poderio romano desde Portimão na costa sul portuguesa, abrangendo ainda Cádiz, Medina-Sidônia e pela Bética à Córdoba e Cartagena ou seja, todo o sul e parte do leste espanhol.
A população ofereceu resistência aos conquistadores até o estabelecimento da unidade religiosa com a conversão do rei Recaredo (586-601) ao catolicismo. As normas de governo eram ditadas pelo Concílio de Toledo, formado de nobres e cléricos. Promulgando o Liber judiciorum, o rei Recesvindo (649-672) fez prevalecer as leis germânicas sobre as tradições romanas. Wamba (672-680) não conseguiu reorganizar nem evitar a decadência de seu reinado.
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A conquista do território espanhol iniciada por Ataulf foi continuada por Vália a quem Honório em 411 doara os territórios visigodos da Aquitânia, com as cidades de Tolosa, Bordéus e Poitiers. Vália devolveu Gala Placídia ao Imperador romano e, em nome deste, conduziu uma guerra exterminadora contra vândalos, alanos e suevos.
Em 417, visigodos invadem desde Córdoba à Cádiz; atravessando o rio Guadalquivir e rio Guadiana tomam Mérida 419, transpõem o rio Tejo e Serra dos Gredos tomando Castela, região Tarraconense, César Augusta (Saragoça) se instalando em Barcino (Barcelona).
Proclamada a independência do Reino visigótico em 476, Roma reconhece a posse do território ao rei Enrico que elabora o código Statuta legum complementado com o breviário de Alarico II, Lex romana visigothorum. No reinado de Alarico II (484-507), invasões visigóticas tomam algumas terras dos hispano-romanos.
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ESPANHA VISIGÓTICA
Clovis, destruindo o reino de Aquitânia na Batalha de Vouillé em 507, confinou os visigodos à Espanha Visigótica onde, por um período de relativa tranqüilidade, reforçaram suas posições.
O rei Atanagildo (551-567) transferiu a capital do Reino da França para Toledo. A unidade política foi estabelecida por Leovegildo em 585, ao dominar os suevos das Astúrias e Cantábria.
554-624 Justiniano, imperador de Bisâncio, restaura à força o poderio romano desde Portimão na costa sul portuguesa, abrangendo ainda Cádiz, Medina-Sidônia e pela Bética à Córdoba e Cartagena ou seja, todo o sul e parte do leste espanhol.
A população ofereceu resistência aos conquistadores até o estabelecimento da unidade religiosa com a conversão do rei Recaredo (586-601) ao catolicismo. As normas de governo eram ditadas pelo Concílio de Toledo, formado de nobres e cléricos. Promulgando o Liber judiciorum, o rei Recesvindo (649-672) fez prevalecer as leis germânicas sobre as tradições romanas. Wamba (672-680) não conseguiu reorganizar nem evitar a decadência de seu reinado.
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INVASÃO ÁRABE - Espanha muçulmana
Morrendo o rei Vitiza (709-710), recusando-se a reconhecer seu filho como sucessor, os Visigodos nobres elegem Rodrigo (Roderico), Dux da Bética (710-711), para sucedê-lo no trono.
Atendendo apelos da destronada família de Vitiza e do conde bizantino Julião da Ilha de Ceuta, cuja filha Florinda fora desonrada por Rodrigo, o governador de Tânger, Tariq ibn-Ziyãd, invade a Espanha pelo Estreito de Gibraltar, comandando um exército mouro do maghreb africano, a mando dos califas omíadas.
Regressando do norte da Espanha onde fora enfrentar uma revolta basca, Rodrigo reuniu milhares de guerreiros investindo contra a invasão. Tariq consegue reforços de Musã, governador de Marrocos, e após três dias de batalha, derrota Rodrigo em julho de 711, em Guadalete, perto de Medina-Sidônia. Tariq toma Córdoba, Toledo em 711 e Saragoça 714. Rodrigo morreu na batalha de Segoyuela em 713.
Comandando o exército árabe Musã ibn-Nusayr conquista Sevilha, Mérida e perseguindo os visigodos ocupa Saragoça. Forma-se um Emirado com capital em Sevilha, administrado por governadores subordinados a Bagdá. Descendente do califa de Damasco, Abd al-Rahmãn conquista a Península, criando o Emirado Independente de Córdova 756, iniciando a dinastia omíada O Califado de Córdova, iniciado em 929 por Abd al-Rahmãn III, perdurou até 1031.
No reinado de Hishãm II, o 1º ministro e ditador Al-Mansur que detinha o poder, tomou Barcelona, arrasou Leon, saqueou Zamora e Santiago de Compostela em 987. Sua última conquista foi a Rioja em 1002. Doente e conduzido em liteira, foi vencido em Calatafiazor. Após sua morte, inicia-se a desintegração do Califado de Córdova. O último califa foi Hixem III. Em 1031, a aristocracia cria as taifas fracionando o Califado de Córdoba em 23 principados, repúblicas oligárquicas.
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Morrendo o rei Vitiza (709-710), recusando-se a reconhecer seu filho como sucessor, os Visigodos nobres elegem Rodrigo (Roderico), Dux da Bética (710-711), para sucedê-lo no trono.
Atendendo apelos da destronada família de Vitiza e do conde bizantino Julião da Ilha de Ceuta, cuja filha Florinda fora desonrada por Rodrigo, o governador de Tânger, Tariq ibn-Ziyãd, invade a Espanha pelo Estreito de Gibraltar, comandando um exército mouro do maghreb africano, a mando dos califas omíadas.
Regressando do norte da Espanha onde fora enfrentar uma revolta basca, Rodrigo reuniu milhares de guerreiros investindo contra a invasão. Tariq consegue reforços de Musã, governador de Marrocos, e após três dias de batalha, derrota Rodrigo em julho de 711, em Guadalete, perto de Medina-Sidônia. Tariq toma Córdoba, Toledo em 711 e Saragoça 714. Rodrigo morreu na batalha de Segoyuela em 713.
Comandando o exército árabe Musã ibn-Nusayr conquista Sevilha, Mérida e perseguindo os visigodos ocupa Saragoça. Forma-se um Emirado com capital em Sevilha, administrado por governadores subordinados a Bagdá. Descendente do califa de Damasco, Abd al-Rahmãn conquista a Península, criando o Emirado Independente de Córdova 756, iniciando a dinastia omíada O Califado de Córdova, iniciado em 929 por Abd al-Rahmãn III, perdurou até 1031.
No reinado de Hishãm II, o 1º ministro e ditador Al-Mansur que detinha o poder, tomou Barcelona, arrasou Leon, saqueou Zamora e Santiago de Compostela em 987. Sua última conquista foi a Rioja em 1002. Doente e conduzido em liteira, foi vencido em Calatafiazor. Após sua morte, inicia-se a desintegração do Califado de Córdova. O último califa foi Hixem III. Em 1031, a aristocracia cria as taifas fracionando o Califado de Córdoba em 23 principados, repúblicas oligárquicas.
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REINOS cristãos e a RECONQUISTA
Quando marchando de Narbona para Bordéus os governantes árabes invadiam a Gália, foram vencidos por Eudon¹, Dux de Aquitânia. Eudon tentou deter a expedição moura sendo derrotado, mas na batalha de Poitier em 732, Carlos Martel aniquilou os árabes, caindo sobre eles como um martelo, façanha que lhe deu a alcunha.
Filho bastardo de Pepino de Heristal e mordomo do palácio de Austrásia, Martel derrotou Thierry III, rei da Neustria; apoderando-se do país, iniciou várias lutas contra os germanos. Morrendo Pepino em 711, em detrimento dos netos e legítimos herdeiros, Martel assumiu o poder, sem aceitar o título de rei. Carlos Magno era neto de Carlos Martel.
Uma grande revolta dos berberes no norte da África e Espanha, obrigou os mouros a retrocederem gradualmente.
Núcleos independentes cântabros bascos, cristãos do norte, protegidos pela Cordilheira Cantábrica e Pireneus nos altos vales navarrenses e aragoneses, não se submeteram aos árabes.
O acalentado sonho da Reconquista foi se realizando aos poucos, no decorrer de três e até oito longos séculos em algumas regiões.
Numerosos nobres visigodos refugiados com suas comitivas nas montanhas das Astúrias, formaram um Reino independente, elegendo o rei Pelágio (Pelajo 718-737), neto e também partidário de Rodrigo.
Portugal reconquista Alentejo dos árabes, em 1249. Granada se livra do domínio mouro, integrando-se ao Reino de Espanha em 1492
Afonso I (* 693 † 756) o católico, rei da Espanha (739-756), genro de Pelágio, inicia a Reconquista expulsando os mouros de Galícia anexando-a às Astúrias. Com a vitória de Pelágio, auxiliado por Afonso I, o Reino das Astúrias resiste aos árabes na batalha de Covadonga 718 em Oviedo, antiga capital da corte visigoda.
Em 778, Carlos Magno, rei dos francos, entrega o Reino de Aquitânia a seu filho² Luís (778-840) e, interessado no domínio da região dos Pireneus, pediu à Igreja asturiana que rejeitasse a autoridade de Toledo.
¹Eudo, dominava a Guiena (antiga Aquitânia visitada por Augusto 27 a.C.). Em 711, queda do império visigótico, Eudo era sogro de um "príncipe de linhagem Muñoz, Señor de Ilha de Cerdeña, del Rosellon, Palias y Salsas hasta el Val de Aran", conforme afirmação do arcebispo Don Rodrigo, (Biografia y Linage del Gal. Agustin Muñoz - in Rev. Inst. Estudios Genealógicos del Uruguay).
²Rei Luis, o Piedoso - um dos 3 filhos da 2ª esposa de Carlos Magno. Quando Carlos Magno morreu em 814 aos 71 anos, como único filho sobrevivente, Luis herdou todo o vasto Império Carolíngeo.
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Árabes atacam Castela sendo rechaçados por Afonso II (791-842).
Conquistada por Carlos Magno, a Marca Espanhola (785-811), região dos Pireneus desde Atlântico ao Mediterrâneo, constituiu um feudo franco ocupado por nobres visigodos que na "meseta" criaram instituições políticas e sociais peculiares. Em 801, Carlos Magno conquista Barcelona e Catalunha dos mouros.
Ampliando o Reino das Astúrias até Coimbra e Burgos, Afonso II (866-910) formou o Reino de Leon abrangendo Leon e Portugal, limitado ao N pelo rio Douro. Garcia I (909-914) transferiu a capital para Leão. No século X o reino de Astúrias e Leon se estendia pela Galícia, Navarra, Biscáia e ainda parte de Castela.
Em 860 o Reino de Navarra atingiu o rio Ebro superior e em 950 surgiu o Condado de Castela em torno de Burgos.
Afonso III, rei das Astúrias, concede ao conde Sancho Iñigo Arista a soberania de Navarra. Após a morte do pai, intitulando-se rei Garcia I, criou o Reino de Navarra ao qual anexou o Condado de Aragão.
Sancho I Garcés (905-925), filho de Garcia I, conquistou Nájera Tudela e Valtierra. Sancho II Garcez Abarca³ (970-994) organizou o reino politicamente, resistindo aos ataques árabes à Pamplona.
Garcia II, a quem seu pai Abarca confiara o governo civil, passou o cargo a sua mãe Teúda. Aliando-se ao cunhado Ramiro II de Leão, conquistaram dos mouros as cidades de Tarazona e Ágreda.
Garcia III unindo-se a Bermudo, rei de Leon, e ao Conde de Castela, venceram Al Mansur na batalha de Calatañazur.
Bermudo II, rei de Leon (984-999), enfraquecido pelas lutas contra Castela que recusara o código visigótico, tentou destruir a hegemonia do Califado, irritando Al-Mansur que ocupou e destruiu Leon em 988 e saqueou Santiago de Compostela em 987.
Sancho III Garcez, o Grande de Navarra, depois de conquistar Castela em 1028, ocupa a parte oriental do reino de Leon em 1054 e entrando na capital, proclama-se Imperador da Espanha. Divide a Espanha entre seus quatro filhos: a Garcia IV (1035-1054) doou Navarra; Fernando I (1035-1065) ficou com Castela; Ramiro I (1035-1063) recebendo o Condado de Aragão, anexa Sobrarbe e Ribargorza, antes doados a Gonzalo, 3° filho.
Fernando I, rei de Castela e Leão (1072-1109), após a morte de Sancho III, proclama-se Imperador. Exercendo suserania sobre seus irmãos, infligiu várias derrotas sobre os mouros.
³Cognominado "Abarca" porque seus soldados calçaram abarcas, sandálias para caminhar na neve dos Pireneus, quando, indo à Gasconha, socorreram Pamplona sitiada pelos mouros. Navarra teve 7 reis Sancho, sendo 3 deles, Sancho Garcez.
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Quando marchando de Narbona para Bordéus os governantes árabes invadiam a Gália, foram vencidos por Eudon¹, Dux de Aquitânia. Eudon tentou deter a expedição moura sendo derrotado, mas na batalha de Poitier em 732, Carlos Martel aniquilou os árabes, caindo sobre eles como um martelo, façanha que lhe deu a alcunha.
Filho bastardo de Pepino de Heristal e mordomo do palácio de Austrásia, Martel derrotou Thierry III, rei da Neustria; apoderando-se do país, iniciou várias lutas contra os germanos. Morrendo Pepino em 711, em detrimento dos netos e legítimos herdeiros, Martel assumiu o poder, sem aceitar o título de rei. Carlos Magno era neto de Carlos Martel.
Uma grande revolta dos berberes no norte da África e Espanha, obrigou os mouros a retrocederem gradualmente.
Núcleos independentes cântabros bascos, cristãos do norte, protegidos pela Cordilheira Cantábrica e Pireneus nos altos vales navarrenses e aragoneses, não se submeteram aos árabes.
O acalentado sonho da Reconquista foi se realizando aos poucos, no decorrer de três e até oito longos séculos em algumas regiões.
Numerosos nobres visigodos refugiados com suas comitivas nas montanhas das Astúrias, formaram um Reino independente, elegendo o rei Pelágio (Pelajo 718-737), neto e também partidário de Rodrigo.
Portugal reconquista Alentejo dos árabes, em 1249. Granada se livra do domínio mouro, integrando-se ao Reino de Espanha em 1492
Afonso I (* 693 † 756) o católico, rei da Espanha (739-756), genro de Pelágio, inicia a Reconquista expulsando os mouros de Galícia anexando-a às Astúrias. Com a vitória de Pelágio, auxiliado por Afonso I, o Reino das Astúrias resiste aos árabes na batalha de Covadonga 718 em Oviedo, antiga capital da corte visigoda.
Em 778, Carlos Magno, rei dos francos, entrega o Reino de Aquitânia a seu filho² Luís (778-840) e, interessado no domínio da região dos Pireneus, pediu à Igreja asturiana que rejeitasse a autoridade de Toledo.
¹Eudo, dominava a Guiena (antiga Aquitânia visitada por Augusto 27 a.C.). Em 711, queda do império visigótico, Eudo era sogro de um "príncipe de linhagem Muñoz, Señor de Ilha de Cerdeña, del Rosellon, Palias y Salsas hasta el Val de Aran", conforme afirmação do arcebispo Don Rodrigo, (Biografia y Linage del Gal. Agustin Muñoz - in Rev. Inst. Estudios Genealógicos del Uruguay).
²Rei Luis, o Piedoso - um dos 3 filhos da 2ª esposa de Carlos Magno. Quando Carlos Magno morreu em 814 aos 71 anos, como único filho sobrevivente, Luis herdou todo o vasto Império Carolíngeo.
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Árabes atacam Castela sendo rechaçados por Afonso II (791-842).
Conquistada por Carlos Magno, a Marca Espanhola (785-811), região dos Pireneus desde Atlântico ao Mediterrâneo, constituiu um feudo franco ocupado por nobres visigodos que na "meseta" criaram instituições políticas e sociais peculiares. Em 801, Carlos Magno conquista Barcelona e Catalunha dos mouros.
Ampliando o Reino das Astúrias até Coimbra e Burgos, Afonso II (866-910) formou o Reino de Leon abrangendo Leon e Portugal, limitado ao N pelo rio Douro. Garcia I (909-914) transferiu a capital para Leão. No século X o reino de Astúrias e Leon se estendia pela Galícia, Navarra, Biscáia e ainda parte de Castela.
Em 860 o Reino de Navarra atingiu o rio Ebro superior e em 950 surgiu o Condado de Castela em torno de Burgos.
Afonso III, rei das Astúrias, concede ao conde Sancho Iñigo Arista a soberania de Navarra. Após a morte do pai, intitulando-se rei Garcia I, criou o Reino de Navarra ao qual anexou o Condado de Aragão.
Sancho I Garcés (905-925), filho de Garcia I, conquistou Nájera Tudela e Valtierra. Sancho II Garcez Abarca³ (970-994) organizou o reino politicamente, resistindo aos ataques árabes à Pamplona.
Garcia II, a quem seu pai Abarca confiara o governo civil, passou o cargo a sua mãe Teúda. Aliando-se ao cunhado Ramiro II de Leão, conquistaram dos mouros as cidades de Tarazona e Ágreda.
Garcia III unindo-se a Bermudo, rei de Leon, e ao Conde de Castela, venceram Al Mansur na batalha de Calatañazur.
Bermudo II, rei de Leon (984-999), enfraquecido pelas lutas contra Castela que recusara o código visigótico, tentou destruir a hegemonia do Califado, irritando Al-Mansur que ocupou e destruiu Leon em 988 e saqueou Santiago de Compostela em 987.
Sancho III Garcez, o Grande de Navarra, depois de conquistar Castela em 1028, ocupa a parte oriental do reino de Leon em 1054 e entrando na capital, proclama-se Imperador da Espanha. Divide a Espanha entre seus quatro filhos: a Garcia IV (1035-1054) doou Navarra; Fernando I (1035-1065) ficou com Castela; Ramiro I (1035-1063) recebendo o Condado de Aragão, anexa Sobrarbe e Ribargorza, antes doados a Gonzalo, 3° filho.
Fernando I, rei de Castela e Leão (1072-1109), após a morte de Sancho III, proclama-se Imperador. Exercendo suserania sobre seus irmãos, infligiu várias derrotas sobre os mouros.
³Cognominado "Abarca" porque seus soldados calçaram abarcas, sandálias para caminhar na neve dos Pireneus, quando, indo à Gasconha, socorreram Pamplona sitiada pelos mouros. Navarra teve 7 reis Sancho, sendo 3 deles, Sancho Garcez.
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Morrendo Fernando I em 1065, seu reinado é repartido entre os três filhos, surgindo, dos territórios conquistados aos mouros, o Reino da Galícia entregue a Garcia, filho mais moço. Afonso VI recebeu o Reino de Leão e Sancho II ficou com o Reino de Castela.
Em 1068, Sancho II despoja e encarcera Afonso VI, apossando-se do reino de Leão. Quando Sancho II foi assassinado, Afonso VI volta a reinar em Leão, tornando-se rei Afonso I de Castela (1072-1109) e em 1073 anexa Galiza aprisionando Garcia. Reconquista Toledo em 1086, proclamando-se "Imperador das duas religiões."
Nestas e noutras conquistas foi auxiliado por nobres franceses como o Dux Eudes⁴ de Borgonha, sobrinho de sua mulher, que trouxe consigo o irmão, Conde Henrique de Borgonha e um primo, Conde Raimundo de Armous. Estes dois últimos desposaram filhas de Afonso VI: Raimundo casou com a primogênita D. Urraca que recebeu de herança os reinos de Leão e de Castela; Henrique casou com D. Teresa e em 1093, recebeu do sogro D. Afonso VI, o antigo Condado de Porto Cale, um território limitado ao N pela Galícia na altura do rio Ninho e ao S pelo rio Douro. Em vez de levar a esposa para Borgonha, D. Henrique passa a residir ali, denominando-o Condado Portucalense, província cristã, devendo vassalagem a seu doador e depois da morte deste, à primogênita Urraca e à sua descendência.
Vitorioso sobre Saragoza em 1118, Afonso VI de Castela impõe sua supremacia. Rodrigo (Rui) Diaz de Vivar, "El Cid", apodera-se de Valência em 1094. Aragon vence Tudela em 1110 e Cutanda em 1120.
Enviuvando, D. Urraca casa com D. Afonso I de Aragão. Unem-se Castela, Leão e Aragão. Afonso VII, filho de Raimundo e Urraca, em 1126 torna-se rei de Leon, obriga a tia Teresa (Prov. Portucalense) a lhe prestar vassalagem. Em 1135 coroa-se Imperador da Espanha.
Em 1109, Henrique de Borgonha declarara a independência da Província Portucalense que se efetiva somente após sua morte. Revoltando-se contra sua mãe Teresa, filha ilegítima de Afonso VI, que desgostando a nobreza se aproximava de Castela e de Galiza, Afonso Henrique vence seu exército em Sam Marnede em 1128. Intitula-se rei Afonso I em 1139, declara-se vassalo do Papa, como o fizera Afonso VII de Castela; fazendo-se reconhecer Soberano, estabelece o Reino de Portugal em 1143. Em 50 anos, D. Afonso I Henrique amplia seus domínios para o Sul: Cintra, Lisboa (1147), retira terras no Alentejo, derrota os almôadas em Santarem (1148).
-------------------------------------------
⁴Dux Eudes - filho de Roberto, o forte. Conde de Paris e rei da França (888-898) Defendeu Paris contra os normandos e foi proclamado rei pelos nobres em Compeiègne, depois da deposição de Carlos, o gordo. Venceu os normandos em Montfaucon (Mosa).
18
Em 1137, forma-se o Reino de Aragão com a união Catalã-Aragonense. Auxiliados pelas Cruzadas, os reinos cristãos de Espanha, Castela e Portugal unem-se derrotando os almoadas na batalha de Navas de Tolosa em 1212.
Firma-se a Reconquista. Declina o domínio árabe.
Em 1230 Leon é anexado ao Reino de Castela. Fernando II de Castela conquista o norte da Andaluzia, Córdoba 1238, Sevilha em 1248. Em 1232 Jaime I de Aragão se apossa da ilha Mallorca, do reino de Valença 1238 e da ilha Menorca 1242.
O domínio português se estende até a embocadura de Guadiana (1232-1240), ocupando o atual território peninsular em 1249, quando D. Afonso II (1245-1279) conquista Algarve. Intitulando-se "rei de Portugal o Algarve," transfere a capital de Coimbra para Lisboa.
Há interrupção da Reconquista entre 1270 ao século XV.
D. Diniz (1279-1325) estreita vínculos com a Europa Ocidental. Funda a Universidade de Lisboa; voltando-se para a construção naval, monta uma esquadra. A ele sucederam D. Afonso IV e seu filho D. Pedro, o Cru (1357-67).
Fernando I (1367-1383) luta contra Castela e casa sua filha Beatriz com o rei castelhano D. João I, estabelecendo a paz. Com a morte do sogro, D. João I reivindica o trono português; intitulando-se "Defensor do Reino", sitia Lisboa (1384), abandonando-a, quando invadida por peste epidêmica, cinco meses depois.
Crises nas pretensões dinásticas em Castela, revolta dos nobres em Aragon, rivalidades entre coroas de Aragon e Mallorca até 1349.
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Em 1068, Sancho II despoja e encarcera Afonso VI, apossando-se do reino de Leão. Quando Sancho II foi assassinado, Afonso VI volta a reinar em Leão, tornando-se rei Afonso I de Castela (1072-1109) e em 1073 anexa Galiza aprisionando Garcia. Reconquista Toledo em 1086, proclamando-se "Imperador das duas religiões."
Nestas e noutras conquistas foi auxiliado por nobres franceses como o Dux Eudes⁴ de Borgonha, sobrinho de sua mulher, que trouxe consigo o irmão, Conde Henrique de Borgonha e um primo, Conde Raimundo de Armous. Estes dois últimos desposaram filhas de Afonso VI: Raimundo casou com a primogênita D. Urraca que recebeu de herança os reinos de Leão e de Castela; Henrique casou com D. Teresa e em 1093, recebeu do sogro D. Afonso VI, o antigo Condado de Porto Cale, um território limitado ao N pela Galícia na altura do rio Ninho e ao S pelo rio Douro. Em vez de levar a esposa para Borgonha, D. Henrique passa a residir ali, denominando-o Condado Portucalense, província cristã, devendo vassalagem a seu doador e depois da morte deste, à primogênita Urraca e à sua descendência.
Vitorioso sobre Saragoza em 1118, Afonso VI de Castela impõe sua supremacia. Rodrigo (Rui) Diaz de Vivar, "El Cid", apodera-se de Valência em 1094. Aragon vence Tudela em 1110 e Cutanda em 1120.
Enviuvando, D. Urraca casa com D. Afonso I de Aragão. Unem-se Castela, Leão e Aragão. Afonso VII, filho de Raimundo e Urraca, em 1126 torna-se rei de Leon, obriga a tia Teresa (Prov. Portucalense) a lhe prestar vassalagem. Em 1135 coroa-se Imperador da Espanha.
Em 1109, Henrique de Borgonha declarara a independência da Província Portucalense que se efetiva somente após sua morte. Revoltando-se contra sua mãe Teresa, filha ilegítima de Afonso VI, que desgostando a nobreza se aproximava de Castela e de Galiza, Afonso Henrique vence seu exército em Sam Marnede em 1128. Intitula-se rei Afonso I em 1139, declara-se vassalo do Papa, como o fizera Afonso VII de Castela; fazendo-se reconhecer Soberano, estabelece o Reino de Portugal em 1143. Em 50 anos, D. Afonso I Henrique amplia seus domínios para o Sul: Cintra, Lisboa (1147), retira terras no Alentejo, derrota os almôadas em Santarem (1148).
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⁴Dux Eudes - filho de Roberto, o forte. Conde de Paris e rei da França (888-898) Defendeu Paris contra os normandos e foi proclamado rei pelos nobres em Compeiègne, depois da deposição de Carlos, o gordo. Venceu os normandos em Montfaucon (Mosa).
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Em 1137, forma-se o Reino de Aragão com a união Catalã-Aragonense. Auxiliados pelas Cruzadas, os reinos cristãos de Espanha, Castela e Portugal unem-se derrotando os almoadas na batalha de Navas de Tolosa em 1212.
Firma-se a Reconquista. Declina o domínio árabe.
Em 1230 Leon é anexado ao Reino de Castela. Fernando II de Castela conquista o norte da Andaluzia, Córdoba 1238, Sevilha em 1248. Em 1232 Jaime I de Aragão se apossa da ilha Mallorca, do reino de Valença 1238 e da ilha Menorca 1242.
O domínio português se estende até a embocadura de Guadiana (1232-1240), ocupando o atual território peninsular em 1249, quando D. Afonso II (1245-1279) conquista Algarve. Intitulando-se "rei de Portugal o Algarve," transfere a capital de Coimbra para Lisboa.
Há interrupção da Reconquista entre 1270 ao século XV.
D. Diniz (1279-1325) estreita vínculos com a Europa Ocidental. Funda a Universidade de Lisboa; voltando-se para a construção naval, monta uma esquadra. A ele sucederam D. Afonso IV e seu filho D. Pedro, o Cru (1357-67).
Fernando I (1367-1383) luta contra Castela e casa sua filha Beatriz com o rei castelhano D. João I, estabelecendo a paz. Com a morte do sogro, D. João I reivindica o trono português; intitulando-se "Defensor do Reino", sitia Lisboa (1384), abandonando-a, quando invadida por peste epidêmica, cinco meses depois.
Crises nas pretensões dinásticas em Castela, revolta dos nobres em Aragon, rivalidades entre coroas de Aragon e Mallorca até 1349.
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DESCOBRIMENTOS - conquistas além-mar
Com a explosão demográfica, na impossibilidade de expansão continental, os reinos de Castela, Aragão e Portugal desenvolvem o poderio naval. Aragon, conquistando Sicília, Sardenha, Córsega, Moréia (Peloponeso) e o Ducado de Atenas, cria um império no Mediterrâneo. Castela conquista Gibraltar em 1309 e descobre em 1395 o arquipélago Ilhas das Canárias. Portugal faz grandes descobrimentos marítimos durante a Dinastia de Avis (1386-1580): a passagem do Cabo Bojador em 1434, Cabo Verde em 1445, a Ilha da Madeira e arquipélago dos Açores no Oceano Atlântico além do golfo da Guiné (1446), na costa africana.
No século IV a.C., os cartagineses estiveram em Açores. Este arquipélago já constava num mapa de 1351. Gonçalo Cabral visitou estas ilhas em 1432.
D. João I, mestre de Avis (1356-1433), filho ilegítimo de D. Pedro I, neto de Afonso IV, com ajuda de Nuno Álvares Pereira, derrotou D. João I de Castela na batalha de Aljubarrota em 1385. Após outros êxitos, assegura a independência do Reino Português. Pelo Tratado de Windsor (1386) faz aliança com a Inglaterra, casando-se com Filipa, filha do duque de Lancaster, pretendente ao trono de Castela por ser casado com a filha de D. Pedro, o Cru.
D. João I de Portugal patrocinou várias expedições marítimas. De maior significação em seu reinado foi a tomada de Ceuta (1415), rica e populosa cidade de Mauritânia, base da pirataria moura que atacava a navegação portuguesa no Estreito de Gibraltar. Desta expedição participou D. Henrique, o Navegador, filho de D. João I. Em 1469, as núpcias dos "reis cristãos" Felipe II de Aragão e a infanta Izabel de Castela, alicerçaram a unidade espanhola. Granada é reconquistada dos mouros, os judeus banidos da Espanha e a América é descoberta em 1492.
Em 1498, sob a arbitragem do Papa Alexandre VI (espanhol), Portugal e Espanha firmam o Tratado de Tordesilhas.
D. João II (1485-1495), Príncipe Perfeito, filho de Afonso V, impulsionou a navegação portuguesa com expedições marítimas como a de Diogo Cão que descobriu a embocadura do Congo (1484) e toda a costa da Angola em 1486. Em 1488, Bartolomeu Dias cruzou a ponta meridional da África, que D. João II denominou de Cabo da Boa Esperança. Permitiu entrar em Portugal milhares de judeus expulsos da Espanha. Para casar com D. Manuel I, Izabel, filha dos reis de Espanha e viúva do príncipe D. Afonso, exigiu a expulsão dos judeus de Portugal. Levas deles e mouros saíram do país levando consigo grandes riquezas.
20
Muitos daqueles judeus vindos para o Brasil foram repatriados pela Inquisição espanhola para serem reinquiridos. Foi Marquês de Pombal quem restringiu consideravelmente o poder do Santo Ofício, só extinto definitivamente em 1821.
No reinado de D. Manuel I (1495-1521), Vasco da Gama aportou em Calicute descobrindo o caminho das Índias em 1498. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500.
Gaspar de Lemos levou a D. Manuel, Rei de Portugal, a carta em que Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, descreve sobre a terra descoberta. Este documento, certidão de idade do Brasil, esteve sumido por muitos anos. Em 1793 Juan Batista Muñoz o encontra no Arquivo da Torre do Tombo em Lisboa/POR, mas somente em 1817 foi levada ao conhecimento público, quando Aires Casal publicou a Corografia Brasílica no Rio de Janeiro.
Fernando II anexa Navarra ao Reino de Aragon em 1512. Unindo Castela e Aragon em 1516, cria o Reino de Espanha para o neto Cari. CARLOS I de Espanha (*1500 t 1558) filho de Felipe, o Belo *Países Baixos e de Joana, filha dos reis Católicos, que enlouqueceu ao enviuvar. Em 1516 assumiu o trono da Espanha, quando morreu Fernando II, seu avô materno. Em 1519 com a morte de seu avô paterno, Maximiliano dos Habsburgos, foi proclamado Imperador do Sacro Império Romano, com o título de CARLOS V, incorporando os territórios austríacos. Lutou contra a França, conquistou Roma prendendo o Papa. Coroado rei da Lombardia e Imperador dos Romanos em 1529. Iniciou a conquista do México, Chile, Peru etc. Enfrentou a Reforma protestante, convocou o Concílio de Trento, guerreando os Príncipes luteranos até a Paz de Ausburgo em 1555. Em 1556 abdicou o trono espanhol em favor de seu filho Felipe II, deixando para seu irmão Fernando o trono da Alemanha. Retirou-se para o convento de Yuste onde ficou até sua morte.
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Com a explosão demográfica, na impossibilidade de expansão continental, os reinos de Castela, Aragão e Portugal desenvolvem o poderio naval. Aragon, conquistando Sicília, Sardenha, Córsega, Moréia (Peloponeso) e o Ducado de Atenas, cria um império no Mediterrâneo. Castela conquista Gibraltar em 1309 e descobre em 1395 o arquipélago Ilhas das Canárias. Portugal faz grandes descobrimentos marítimos durante a Dinastia de Avis (1386-1580): a passagem do Cabo Bojador em 1434, Cabo Verde em 1445, a Ilha da Madeira e arquipélago dos Açores no Oceano Atlântico além do golfo da Guiné (1446), na costa africana.
No século IV a.C., os cartagineses estiveram em Açores. Este arquipélago já constava num mapa de 1351. Gonçalo Cabral visitou estas ilhas em 1432.
D. João I, mestre de Avis (1356-1433), filho ilegítimo de D. Pedro I, neto de Afonso IV, com ajuda de Nuno Álvares Pereira, derrotou D. João I de Castela na batalha de Aljubarrota em 1385. Após outros êxitos, assegura a independência do Reino Português. Pelo Tratado de Windsor (1386) faz aliança com a Inglaterra, casando-se com Filipa, filha do duque de Lancaster, pretendente ao trono de Castela por ser casado com a filha de D. Pedro, o Cru.
D. João I de Portugal patrocinou várias expedições marítimas. De maior significação em seu reinado foi a tomada de Ceuta (1415), rica e populosa cidade de Mauritânia, base da pirataria moura que atacava a navegação portuguesa no Estreito de Gibraltar. Desta expedição participou D. Henrique, o Navegador, filho de D. João I. Em 1469, as núpcias dos "reis cristãos" Felipe II de Aragão e a infanta Izabel de Castela, alicerçaram a unidade espanhola. Granada é reconquistada dos mouros, os judeus banidos da Espanha e a América é descoberta em 1492.
Em 1498, sob a arbitragem do Papa Alexandre VI (espanhol), Portugal e Espanha firmam o Tratado de Tordesilhas.
D. João II (1485-1495), Príncipe Perfeito, filho de Afonso V, impulsionou a navegação portuguesa com expedições marítimas como a de Diogo Cão que descobriu a embocadura do Congo (1484) e toda a costa da Angola em 1486. Em 1488, Bartolomeu Dias cruzou a ponta meridional da África, que D. João II denominou de Cabo da Boa Esperança. Permitiu entrar em Portugal milhares de judeus expulsos da Espanha. Para casar com D. Manuel I, Izabel, filha dos reis de Espanha e viúva do príncipe D. Afonso, exigiu a expulsão dos judeus de Portugal. Levas deles e mouros saíram do país levando consigo grandes riquezas.
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Muitos daqueles judeus vindos para o Brasil foram repatriados pela Inquisição espanhola para serem reinquiridos. Foi Marquês de Pombal quem restringiu consideravelmente o poder do Santo Ofício, só extinto definitivamente em 1821.
No reinado de D. Manuel I (1495-1521), Vasco da Gama aportou em Calicute descobrindo o caminho das Índias em 1498. Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil em 1500.
Gaspar de Lemos levou a D. Manuel, Rei de Portugal, a carta em que Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, descreve sobre a terra descoberta. Este documento, certidão de idade do Brasil, esteve sumido por muitos anos. Em 1793 Juan Batista Muñoz o encontra no Arquivo da Torre do Tombo em Lisboa/POR, mas somente em 1817 foi levada ao conhecimento público, quando Aires Casal publicou a Corografia Brasílica no Rio de Janeiro.
Fernando II anexa Navarra ao Reino de Aragon em 1512. Unindo Castela e Aragon em 1516, cria o Reino de Espanha para o neto Cari. CARLOS I de Espanha (*1500 t 1558) filho de Felipe, o Belo *Países Baixos e de Joana, filha dos reis Católicos, que enlouqueceu ao enviuvar. Em 1516 assumiu o trono da Espanha, quando morreu Fernando II, seu avô materno. Em 1519 com a morte de seu avô paterno, Maximiliano dos Habsburgos, foi proclamado Imperador do Sacro Império Romano, com o título de CARLOS V, incorporando os territórios austríacos. Lutou contra a França, conquistou Roma prendendo o Papa. Coroado rei da Lombardia e Imperador dos Romanos em 1529. Iniciou a conquista do México, Chile, Peru etc. Enfrentou a Reforma protestante, convocou o Concílio de Trento, guerreando os Príncipes luteranos até a Paz de Ausburgo em 1555. Em 1556 abdicou o trono espanhol em favor de seu filho Felipe II, deixando para seu irmão Fernando o trono da Alemanha. Retirou-se para o convento de Yuste onde ficou até sua morte.
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Raízes da Família Munhoz de Camargo
RAÍZES européias ESPANHOLAS
Arquivista do Arcebispado Metropolitano de Porto Alegre, manuseando diuturnamente documentos dos primórdios da Província do Rio Grande de São Pedro, com amplo tirocínio pesquisador, Mons. Neis nos indica as origens européias dos principais ramos de nossa família, em seu livro Guarda Velha de Viamão quando se refere a *presença étnica do castelhano no Sul, cujos descendentes chegaram aos degraus da Presidência da República, não apenas de um descendente, o Mal. Artur da Costa e Silva, Gen. Emílio Garrastazu Médice, fronteirista de Bagé e na do grande estadista Getúlio Vargas, natural de São Borja, nos descendentes de famílias paulistanas oriundos da Espanha: os "Bueno" (Sevilha), os Muñoz (Munhoz de Placência, na Província de Guipuscoa)⁵ e os Camargo procedentes de Castrogeriz,⁶ (Burgos)⁷. Percebe-se que a maioria dos presidentes da República, nascidos no Rio Grande do Sul, são descendentes de espanhóis."
Publicado pelo Instituto Genealógico Brasileiro, CAMARGOS de São Paulo - Carvalho Franco escreve:
"O apelido DE CAMARGO é originário de Cantábrica⁸ e ligado às montanhas dos Burgos.⁹ O solar primitivo dos Camargos era na povoação desse nome, no Vale De Camargo, situado na província de Santander¹⁰ e daí distendeu, desde fins do século XVII, ramos que originaram novas casas pela Espanha, pela Europa e, finalmente, pela América. (...) se tornaram sobremodo espalhados pelo seu país de origem e a sua linhagem, das primeiras aparecidas, forneceu grandes dignitários eclesiásticos e seculares". (...) "Entre os Camargos foram muitos os guerreiros de renome e os que exerceram cargos elevados na administração real - mas onde bastante sublevaram foi na época dos descobrimentos marítimos e nos da conquista americana. Nesta fase não vale individualizar nomes. Aqui é um Camargo, companheiro de Affonso
⁵ Prov. ao N da ESP no Golfo de Biscaia. Limítrofe com França. Cap. San Sebastián
⁶ Castrojeriz -cid ESP 42°17N 4°9W na Prov. de Burgos, Região de Castela Velha
⁷ Burgos-cid. ESP 42°21N 3°41W Antiga cap. de Castela a Velha Burgos- Prov 42°21 N 3°42W
8 Cordilheira da Cantábrica ao N da Espanha, prolongamento dos Pireneos. Cantábria-região da antiga Espanha Tarraconense, ao S do Golfo Gasconha
⁹ Montes Burgos-na serra da Demanda 42°40N 2°30W região de Vascongadas.
¹⁰ Santander-Prov. ESP 42°28N 3°48W. Saniander-cid.ESP 43°27N W Santander - porto marítimo na Baía Biscáia . Balneário nesta baía .
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Alvares Pineda, que perece na conquista de Panuco.¹¹ Ali é outro, governador de Jamaica e que nos deixou a história de Tlascola.¹² Ainda outro, alcaide da fortaleza de Vilcabamba, engrandece resistindo aos incas rebeldes. Mais além, um quarto, companheiro de jornada de Cabeça de Vaca, morre às mãos ásperas de Domingos Martinez de Irala." "De um último que nossos genealogistas insistem ter direta relação com o tronco paulista desse apelido (...) apenas um rasgo dentre os memoráveis empreendimentos dos Camargos, na história da conquista americana. Queremos nos referir a d. Affonso de Camargo" que em "1539 empreendeu ir ao Peru, pelo estreito de Magalhães e que após terríveis peripécias chegou ao porto de Arequipa." ¹³
Diego Muñoz de Camargo, historiador mexicano, filho de um nobre espanhol e uma princesa asteca, escreveu Historia de La Republica e de ciudad de Tlaxcala. Pelas pesquisas que fez sobre o povo asteca e civilizações pré-colombianas está registrado na Real Academia de Letras e na Academia de História em Madri.
CAMARGOS de Placência ¹⁴
1 - D. Gonçalo Ruiz de Camargo casou com Maria Lopes
*Bureba/Burgos/ESP † 1185 Coimbra POR
Vivia na Espanha no tempo do rei D. Affonso II e D. Pedro.
2 - Catarina de Camargo casou com Guterres de Carvajal
Primos em 2º grau. Carvajal trazia linhagem de D. Bermudo II, rei das Astúrias e Leon (982-999) com brasão d'Armas "em campo de ouro, uma faixa de negro"
3 - Ignes de Carvajal casou com Francisco de Vargas
Filho de Diogo de Vargas e Maria de Medina. Foi ministro dos "reis católicos" Felipe II de Aragão e Isabel de Castela. Ministro do imperador Carlos V a quem serviu e acompanhou pela Alemanha e demais lugares por onde o rei andou. Francisco de Vargas e Ignes de Carvajal tiveram dez filhos, entre estes D. Guterres Carvajal, bispo de Placência e D. Francisco de Camargo que o sucedeu no morgado fundado por ele e seu irmão Marfim Ruiz de Camargo, primo irmão de Catharina de Camargo, avó materna de Francisco de Camargo. Francisco de Vargas faleceu em 1524 com grandes honrarias.
4 - Francisco de Camargo casou com Maria Souto Maior
Viúva de Garcia Rodrigues de Escobar e filha de Guterres Souto Maior em seu 1º casamento com Maria de Campos.
¹¹ Pánuco -cid MEX 22o0N 98o14W
¹²Tlaxcala -Capital do Estado de Tlaxcala MEX
¹³ Silva Leme- Genealogia Paulistana
¹⁴ Placência- Prov. de Cáceres, na Espanha.
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RAÍZES européias ESPANHOLAS
Arquivista do Arcebispado Metropolitano de Porto Alegre, manuseando diuturnamente documentos dos primórdios da Província do Rio Grande de São Pedro, com amplo tirocínio pesquisador, Mons. Neis nos indica as origens européias dos principais ramos de nossa família, em seu livro Guarda Velha de Viamão quando se refere a *presença étnica do castelhano no Sul, cujos descendentes chegaram aos degraus da Presidência da República, não apenas de um descendente, o Mal. Artur da Costa e Silva, Gen. Emílio Garrastazu Médice, fronteirista de Bagé e na do grande estadista Getúlio Vargas, natural de São Borja, nos descendentes de famílias paulistanas oriundos da Espanha: os "Bueno" (Sevilha), os Muñoz (Munhoz de Placência, na Província de Guipuscoa)⁵ e os Camargo procedentes de Castrogeriz,⁶ (Burgos)⁷. Percebe-se que a maioria dos presidentes da República, nascidos no Rio Grande do Sul, são descendentes de espanhóis."
Publicado pelo Instituto Genealógico Brasileiro, CAMARGOS de São Paulo - Carvalho Franco escreve:
"O apelido DE CAMARGO é originário de Cantábrica⁸ e ligado às montanhas dos Burgos.⁹ O solar primitivo dos Camargos era na povoação desse nome, no Vale De Camargo, situado na província de Santander¹⁰ e daí distendeu, desde fins do século XVII, ramos que originaram novas casas pela Espanha, pela Europa e, finalmente, pela América. (...) se tornaram sobremodo espalhados pelo seu país de origem e a sua linhagem, das primeiras aparecidas, forneceu grandes dignitários eclesiásticos e seculares". (...) "Entre os Camargos foram muitos os guerreiros de renome e os que exerceram cargos elevados na administração real - mas onde bastante sublevaram foi na época dos descobrimentos marítimos e nos da conquista americana. Nesta fase não vale individualizar nomes. Aqui é um Camargo, companheiro de Affonso
⁵ Prov. ao N da ESP no Golfo de Biscaia. Limítrofe com França. Cap. San Sebastián
⁶ Castrojeriz -cid ESP 42°17N 4°9W na Prov. de Burgos, Região de Castela Velha
⁷ Burgos-cid. ESP 42°21N 3°41W Antiga cap. de Castela a Velha Burgos- Prov 42°21 N 3°42W
8 Cordilheira da Cantábrica ao N da Espanha, prolongamento dos Pireneos. Cantábria-região da antiga Espanha Tarraconense, ao S do Golfo Gasconha
⁹ Montes Burgos-na serra da Demanda 42°40N 2°30W região de Vascongadas.
¹⁰ Santander-Prov. ESP 42°28N 3°48W. Saniander-cid.ESP 43°27N W Santander - porto marítimo na Baía Biscáia . Balneário nesta baía .
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Alvares Pineda, que perece na conquista de Panuco.¹¹ Ali é outro, governador de Jamaica e que nos deixou a história de Tlascola.¹² Ainda outro, alcaide da fortaleza de Vilcabamba, engrandece resistindo aos incas rebeldes. Mais além, um quarto, companheiro de jornada de Cabeça de Vaca, morre às mãos ásperas de Domingos Martinez de Irala." "De um último que nossos genealogistas insistem ter direta relação com o tronco paulista desse apelido (...) apenas um rasgo dentre os memoráveis empreendimentos dos Camargos, na história da conquista americana. Queremos nos referir a d. Affonso de Camargo" que em "1539 empreendeu ir ao Peru, pelo estreito de Magalhães e que após terríveis peripécias chegou ao porto de Arequipa." ¹³
Diego Muñoz de Camargo, historiador mexicano, filho de um nobre espanhol e uma princesa asteca, escreveu Historia de La Republica e de ciudad de Tlaxcala. Pelas pesquisas que fez sobre o povo asteca e civilizações pré-colombianas está registrado na Real Academia de Letras e na Academia de História em Madri.
CAMARGOS de Placência ¹⁴
1 - D. Gonçalo Ruiz de Camargo casou com Maria Lopes
*Bureba/Burgos/ESP † 1185 Coimbra POR
Vivia na Espanha no tempo do rei D. Affonso II e D. Pedro.
2 - Catarina de Camargo casou com Guterres de Carvajal
Primos em 2º grau. Carvajal trazia linhagem de D. Bermudo II, rei das Astúrias e Leon (982-999) com brasão d'Armas "em campo de ouro, uma faixa de negro"
3 - Ignes de Carvajal casou com Francisco de Vargas
Filho de Diogo de Vargas e Maria de Medina. Foi ministro dos "reis católicos" Felipe II de Aragão e Isabel de Castela. Ministro do imperador Carlos V a quem serviu e acompanhou pela Alemanha e demais lugares por onde o rei andou. Francisco de Vargas e Ignes de Carvajal tiveram dez filhos, entre estes D. Guterres Carvajal, bispo de Placência e D. Francisco de Camargo que o sucedeu no morgado fundado por ele e seu irmão Marfim Ruiz de Camargo, primo irmão de Catharina de Camargo, avó materna de Francisco de Camargo. Francisco de Vargas faleceu em 1524 com grandes honrarias.
4 - Francisco de Camargo casou com Maria Souto Maior
Viúva de Garcia Rodrigues de Escobar e filha de Guterres Souto Maior em seu 1º casamento com Maria de Campos.
¹¹ Pánuco -cid MEX 22o0N 98o14W
¹²Tlaxcala -Capital do Estado de Tlaxcala MEX
¹³ Silva Leme- Genealogia Paulistana
¹⁴ Placência- Prov. de Cáceres, na Espanha.
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Província de "NOVA LEÃO" - Afonso de Camargo
D. Simão de Alcaçovas e Soutomaior, fidalgo português ascendente de Maria Soutomaior, recebera da rainha Izabel de Espanha, a "Província de Nova Leão" com 200 léguas de terras a contar do povoado de Chincha até o (atual) Estreito de Magalhães. Abrangendo Patagônia, Terra do Fogo e o Sul do Chile, os conhecimentos geográficos da época não permitiam uma noção exata de seus limites territoriais. Quando para lá se dirigia, antes de chegar ao estreito de Magalhães, no cabo de São Domingos, D. Simão foi morto a punhaladas por dez ou doze dos seus, sob a acusação de que prometera mais do que poderia cumprir.
D. Francisco de Camargo, esposo de Maria Soutomaior, natural e residente em Placência, herdou as terras de D. Simão, por influência de seu irmão o bispo D. Guterres de Carvajal. O floral foi lavrado a 6/11/1536 em Valladolid e a 8/12/1539 D. Francisco de Camargo foi nomeado Governador das terras do extremo austral americano, com títulos de Adelantado,¹⁵ Aguazil-mór e a dignidade de Conde.
D. Francisco e D. Guterres, incumbiram o renomado nauta Afonso de Camargo de todos os preparativos em Sevilha envolvendo grandes despesas. Esta frota, com quatro grandes naus, ficou conhecida na história como a armada do bispo de Placência. Consta nas Cartas das Índias que zarpara de Sanlucar a mando de Afonso de Camargo, mas por documentos da época, sabe-se que D. Francisco de Camargo, não podendo ir, delegou todos os poderes ao comandante do Hospital Real, Frei D. Francisco da Ribeira, nomeando-o general e governador da expedição. Foi mestre da nau capitânea o piloto português Miguel de Aragão.¹⁶ D. Afonso de Camargo comandou duas outras naus auxiliado por outro Francisco de Camargo, ficando a última nau sob o mando do Cap. Gonçalo de Alvorado. Em 19/9/1539 a armada já tinha largado de Sanlucar¹⁷ de Barrameda navegando diretamente ao estreito, onde embarcou Pastells a 20/1/1540. Dois dias após, a nau capitânea se perdeu.¹⁸ Depois de navegar alguns meses ao léu, tentando inutilmente recolher. D. Francisco Ribeiro e outros náufragos, Alvorado retornou à Espanha.
¹⁵Adelantado-Governante das Províncias fronteiriças ou além mar, detendo poderes militares e judiciais regionais, em nome do rei. No séc. XII, administradas por Condes.
¹⁶ Em 1535, tinha sido mestre da capitânea de D. Pedro de Mendonça.
¹⁷ Sanlucar de Barrameda-cid. ao sul da Espanha 36°43N 6°23W.
¹⁸ Documentos publicados por Turíbio de Medina esclarecem que dezenas de anos após, dois náufragos apareceram em Concepcion no Chile, detalhando sobre o naufrágio e como Sebastião de Argolo, perdidas as esperanças de retornar à pátria se interiorizara fundando a cidade de Cézares, na Patagónia.
24
Um dos navios comandados por D. Afonso de Camargo naufragou, mas a outra nau atravessou o estreito de Magalhães. Chegando ao litoral do Peru, subiu à costa de Arauco¹⁹ atracando no porto de Quilca,²⁰ Província de Arequipa.²¹ Com a tripulação enfraquecida, vendeu todos os mantimentos e outras provisões ainda existentes a bordo, para consertar o navio. Ficou algum tempo nesta província com seus companheiros Francisco de Camargo, Diogo Mazo de Aldrede, Cândia e outros. Logo uniu-se a Pedro Anzures nas lutas de conquista, marchando contra Pedro Álvores Holguim, sendo elevado a alferes-mór por Diogo Centeno.²² Em Charcas,²³ Centeno com seus partidários, Lope de Mendonça, Afonso Pires de Esquivei, Afonso de Camargo, Francisco de Camargo, Fernando Nunes de Segura, Lopo de Mendieta e João Ortiz de Zarate, levantou o povo contra Francisco de Almendrias, lugar tenente de Pizarro, assassinando-o em praça pública. Juraram lealdade a El Rei e guerra de morte a Pizarro. Afonso de Camargo e companheiros unindo-se ao bando de Blanco Nunes Vela participaram das guerrilhas dos conquistadores do Peru.
Desde início o navio de Afonso de Camargo já servira a causa real, conforme notícia de Christovam Vacca de Castro:
Quito 15/11/1541 "Dizem que há em Cusco²⁴ quinhentos homens, porque além dos que ali estavam se juntou toda a que trazia uma nau grande, das do bispo de Placência, que atravessou o estreito e aportou em Arequipa; e além disso forneceu também um barril de pólvora e há nela um tal de Cândia, que todo o dia fabrica munição."
É Pedro Cieza de León quem descreve:
"(...) um dos navios que saíram da Espanha com incumbência do bispo de Placência, desembocou pelo estreito, veio aportar em Quilca, perto de Arequipa e dali foi a Cidade dos Reis e ao Panamá. Trazia boa relação dos graus em que se achava o estreito e do que sofreram na viagem e trabalhosa navegação que fizeram, a qual não transcrevo aqui, porque ao tempo que demos batalha a Gonçalo Pizarro, a cinco léguas da cidade de Cusco, no vale de Jaquijaquara, deixei-a entre os papéis e registros meus e m'a furtaram, do que fiquei bastante penalizado (...)"
¹⁹Arauco-cid CHI 37°16S 73°25W
²⁰Chifra - cid Lima PER 12°35S 74°41W. Quilca, já aportuguesado. ²¹Arequipa- cid e também Departamento do Peru.
²²Cidade Rodrigo. Descendente do potentado Fernando Centeno, de Castela/ESP
²³Charcas - cid MEX 23º10N 101º20W
²⁴Cuzco - cid PER 13º32S 72ºOW
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D. Simão de Alcaçovas e Soutomaior, fidalgo português ascendente de Maria Soutomaior, recebera da rainha Izabel de Espanha, a "Província de Nova Leão" com 200 léguas de terras a contar do povoado de Chincha até o (atual) Estreito de Magalhães. Abrangendo Patagônia, Terra do Fogo e o Sul do Chile, os conhecimentos geográficos da época não permitiam uma noção exata de seus limites territoriais. Quando para lá se dirigia, antes de chegar ao estreito de Magalhães, no cabo de São Domingos, D. Simão foi morto a punhaladas por dez ou doze dos seus, sob a acusação de que prometera mais do que poderia cumprir.
D. Francisco de Camargo, esposo de Maria Soutomaior, natural e residente em Placência, herdou as terras de D. Simão, por influência de seu irmão o bispo D. Guterres de Carvajal. O floral foi lavrado a 6/11/1536 em Valladolid e a 8/12/1539 D. Francisco de Camargo foi nomeado Governador das terras do extremo austral americano, com títulos de Adelantado,¹⁵ Aguazil-mór e a dignidade de Conde.
D. Francisco e D. Guterres, incumbiram o renomado nauta Afonso de Camargo de todos os preparativos em Sevilha envolvendo grandes despesas. Esta frota, com quatro grandes naus, ficou conhecida na história como a armada do bispo de Placência. Consta nas Cartas das Índias que zarpara de Sanlucar a mando de Afonso de Camargo, mas por documentos da época, sabe-se que D. Francisco de Camargo, não podendo ir, delegou todos os poderes ao comandante do Hospital Real, Frei D. Francisco da Ribeira, nomeando-o general e governador da expedição. Foi mestre da nau capitânea o piloto português Miguel de Aragão.¹⁶ D. Afonso de Camargo comandou duas outras naus auxiliado por outro Francisco de Camargo, ficando a última nau sob o mando do Cap. Gonçalo de Alvorado. Em 19/9/1539 a armada já tinha largado de Sanlucar¹⁷ de Barrameda navegando diretamente ao estreito, onde embarcou Pastells a 20/1/1540. Dois dias após, a nau capitânea se perdeu.¹⁸ Depois de navegar alguns meses ao léu, tentando inutilmente recolher. D. Francisco Ribeiro e outros náufragos, Alvorado retornou à Espanha.
¹⁵Adelantado-Governante das Províncias fronteiriças ou além mar, detendo poderes militares e judiciais regionais, em nome do rei. No séc. XII, administradas por Condes.
¹⁶ Em 1535, tinha sido mestre da capitânea de D. Pedro de Mendonça.
¹⁷ Sanlucar de Barrameda-cid. ao sul da Espanha 36°43N 6°23W.
¹⁸ Documentos publicados por Turíbio de Medina esclarecem que dezenas de anos após, dois náufragos apareceram em Concepcion no Chile, detalhando sobre o naufrágio e como Sebastião de Argolo, perdidas as esperanças de retornar à pátria se interiorizara fundando a cidade de Cézares, na Patagónia.
24
Um dos navios comandados por D. Afonso de Camargo naufragou, mas a outra nau atravessou o estreito de Magalhães. Chegando ao litoral do Peru, subiu à costa de Arauco¹⁹ atracando no porto de Quilca,²⁰ Província de Arequipa.²¹ Com a tripulação enfraquecida, vendeu todos os mantimentos e outras provisões ainda existentes a bordo, para consertar o navio. Ficou algum tempo nesta província com seus companheiros Francisco de Camargo, Diogo Mazo de Aldrede, Cândia e outros. Logo uniu-se a Pedro Anzures nas lutas de conquista, marchando contra Pedro Álvores Holguim, sendo elevado a alferes-mór por Diogo Centeno.²² Em Charcas,²³ Centeno com seus partidários, Lope de Mendonça, Afonso Pires de Esquivei, Afonso de Camargo, Francisco de Camargo, Fernando Nunes de Segura, Lopo de Mendieta e João Ortiz de Zarate, levantou o povo contra Francisco de Almendrias, lugar tenente de Pizarro, assassinando-o em praça pública. Juraram lealdade a El Rei e guerra de morte a Pizarro. Afonso de Camargo e companheiros unindo-se ao bando de Blanco Nunes Vela participaram das guerrilhas dos conquistadores do Peru.
Desde início o navio de Afonso de Camargo já servira a causa real, conforme notícia de Christovam Vacca de Castro:
Quito 15/11/1541 "Dizem que há em Cusco²⁴ quinhentos homens, porque além dos que ali estavam se juntou toda a que trazia uma nau grande, das do bispo de Placência, que atravessou o estreito e aportou em Arequipa; e além disso forneceu também um barril de pólvora e há nela um tal de Cândia, que todo o dia fabrica munição."
É Pedro Cieza de León quem descreve:
"(...) um dos navios que saíram da Espanha com incumbência do bispo de Placência, desembocou pelo estreito, veio aportar em Quilca, perto de Arequipa e dali foi a Cidade dos Reis e ao Panamá. Trazia boa relação dos graus em que se achava o estreito e do que sofreram na viagem e trabalhosa navegação que fizeram, a qual não transcrevo aqui, porque ao tempo que demos batalha a Gonçalo Pizarro, a cinco léguas da cidade de Cusco, no vale de Jaquijaquara, deixei-a entre os papéis e registros meus e m'a furtaram, do que fiquei bastante penalizado (...)"
¹⁹Arauco-cid CHI 37°16S 73°25W
²⁰Chifra - cid Lima PER 12°35S 74°41W. Quilca, já aportuguesado. ²¹Arequipa- cid e também Departamento do Peru.
²²Cidade Rodrigo. Descendente do potentado Fernando Centeno, de Castela/ESP
²³Charcas - cid MEX 23º10N 101º20W
²⁴Cuzco - cid PER 13º32S 72ºOW
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Affonso de Camargo percorreu desde Prata (Sucre) até Lima, voltando a Charcas, sempre seguido de perto pelo temível caudilho Francisco de Carvajal, o demônio dos Andes. Unindo-se a Lopo de Mendonça, marchou para as serras, encontrando ali destroços da expedição de Diogo de Rojas que regressava ao Peru vindo do Rio da Prata. Lopo de Mendonça tentou reorganizar-se; com apenas uns 50 homens internou-se pelo sertão até um rio a umas duas léguas de Pocona, onde foram apanhados" por Carvajal que mandou degolar os líderes Lopo de Mendonça e Pedro de Heredia entre outros, perdoando alguns, enviando muitos presos a Gonçalo Pizarro. Levou consigo Affonso de Camargo e Luiz Perdomo que haviam revelado onde Diogo Centeno enterrara prata no povoado de Paria." Afonso de Camargo queria ganhar tempo; auxiliado por Luiz Perdomo, Diogo de Balmaceda, Diogo de Lujan e outros, não tardou a conspirar contra o implacável Carvajal. Julião de Umaran, testemunha do fato, narra minúcias da conspiração e como Carvajal dominando-os, matou Affonso de Camargo e vários outros no dia de S. Miguel em 1546.
27 "Pereceu desse modo o valente guerreiro e notável piloto que foi D. Affonso de Camargo, uma das mais expressivas figuras dos conquistadores quinhentistas espanhóis. Falecia ao mesmo ano que na Metrópole se extinguia melancolicamente o adelantado e aguazil-mór da malograda Província de Nova Leão e seu parente ao certo, Francisco de Camargo. E estes salientes membros de tal estirpe, foram no dizer insistente dos nossos genealogistas, os ascendentes do tronco em S. Paulb desse apelido." (...) "Pastells escreve que a expedição de Pedro Sarmento de Gambôa não teria lugar se a de D. Francisco de Camargo lograsse êxito - pois não se tratava de descobrir e sim de povoar. Ao demais o principal intento era assegurar a navegação do para transporte do ouro e da prata dos fincas." Ciente da tragédia, Francisco de Camargo, já enfermo, fez seu testamento. Morreu a 1/11/1546 em Madri. Foi sepultado na Capela dà Igreja de São Francisco, erguida por seus ancestrais.
25 "Há relatos destes fatos por testemunhas coevos que delas participaram." In Informações dos serviços prestados por Pedro Gonçalves do Prado que entrou nas províncias de Tucuman e Rio da Prata com Diogo de Rojas, Felipe Guterres e Nicolau de Heredia e se assinalou na expedição de Francisco de Mendonça.
26 "Paria-golfo no Oceano Atlântico, entre a ilha Trindade e Venezuela, na altura da foz do Orenoco, fechado ao N pela península de Paria.
27 Carvalho Franco
NOBREZA à luz da Heráldica
Heráldica é a ciência que trata dos escudos d'armas da nobreza, que os explica, define o significado de cada uma das partes, sinais e figuras, os interpreta e cuida do cumprimento das regras rígidas e leis precisas que regem a sua composição. Pela heráldica, avaliam-se os escudos d'armas e identificam-se as fraudes existentes. Brasão e armerias são termos heráldicos de igual alcance, significando o conjunto de insígnias hereditárias compostas de figuras e atributos determinados, concedidos pelo Rei, em recompensa a eminentes serviços e como marca distintiva da linhagem premiada. Raramente procedem de feitos ou proezas de guerras ou conquistas e se deve, em grande parte, ao comportamento de antepassados mais ou menos diretos. Escudo de Armas é o campo onde se assentam as peças heráldicas; superfície ou espaço em que se pintam brasões de um . reino, de uma linhagem. Na Europa, iniciaram a usar brasões na Idade Média. Os brasões mais simples e mais limpos são os mais antigos, com menos cargas, sem brisuras. As complicações não costumam acrescentar nobreza ao escudo d'armas, senão diminuir o que teria o escudo primitivo sem nenhuma delas. Existem brisuras elevadas a grande nobreza não tanto por elas, mas conferidas pelo escudo que aparece como fundo. É um erro supor que todos os escudos tenham significativo de nobreza, no sentido de nobreza guerreira, reconhecida pelo Príncipe. Há muitos sobrenomes com escudos, mas sem nobreza, sem títulos. Compreende-se que a nobreza tenha exigido outros adornos e sinais que a diferenciassem, patenteando seus brasões. A indicação precisa de nobreza e a determinação do grau da mesma está reservado aos atributos, timbres como coroas, elmos, bureletes, larnbrequins, cimeiras etc., além de outros puramente ornamentais: paquife, pavilhão, tenentes, suportes, troféu, legendas que por vezes acentuam a simbologia do conjunto blasônico. Daí o termo: timbrar as armas ou armas timbradas. "No sentido heráldico, não há hierarquia entre títulos, o que importa é sua antigüidade e as circunstâncias que se reúnem em cada um. O valor do título é a sua história. Por isso a nobreza atual carece de importância, por lhe faltar a história. A nobreza espanhola atual, começa na época da Reconquista. (...) Há a nobreza de sangue e a do privilégio. Há ainda a que se origina nos sobrenomes e a que tem títulos. A nobreza tem sido sempre fundada mais no sobrenome ("apelido") que nas pessoas, apesar de inicialmente, sobretudo na
27 "Pereceu desse modo o valente guerreiro e notável piloto que foi D. Affonso de Camargo, uma das mais expressivas figuras dos conquistadores quinhentistas espanhóis. Falecia ao mesmo ano que na Metrópole se extinguia melancolicamente o adelantado e aguazil-mór da malograda Província de Nova Leão e seu parente ao certo, Francisco de Camargo. E estes salientes membros de tal estirpe, foram no dizer insistente dos nossos genealogistas, os ascendentes do tronco em S. Paulb desse apelido." (...) "Pastells escreve que a expedição de Pedro Sarmento de Gambôa não teria lugar se a de D. Francisco de Camargo lograsse êxito - pois não se tratava de descobrir e sim de povoar. Ao demais o principal intento era assegurar a navegação do para transporte do ouro e da prata dos fincas." Ciente da tragédia, Francisco de Camargo, já enfermo, fez seu testamento. Morreu a 1/11/1546 em Madri. Foi sepultado na Capela dà Igreja de São Francisco, erguida por seus ancestrais.
25 "Há relatos destes fatos por testemunhas coevos que delas participaram." In Informações dos serviços prestados por Pedro Gonçalves do Prado que entrou nas províncias de Tucuman e Rio da Prata com Diogo de Rojas, Felipe Guterres e Nicolau de Heredia e se assinalou na expedição de Francisco de Mendonça.
26 "Paria-golfo no Oceano Atlântico, entre a ilha Trindade e Venezuela, na altura da foz do Orenoco, fechado ao N pela península de Paria.
27 Carvalho Franco
NOBREZA à luz da Heráldica
Heráldica é a ciência que trata dos escudos d'armas da nobreza, que os explica, define o significado de cada uma das partes, sinais e figuras, os interpreta e cuida do cumprimento das regras rígidas e leis precisas que regem a sua composição. Pela heráldica, avaliam-se os escudos d'armas e identificam-se as fraudes existentes. Brasão e armerias são termos heráldicos de igual alcance, significando o conjunto de insígnias hereditárias compostas de figuras e atributos determinados, concedidos pelo Rei, em recompensa a eminentes serviços e como marca distintiva da linhagem premiada. Raramente procedem de feitos ou proezas de guerras ou conquistas e se deve, em grande parte, ao comportamento de antepassados mais ou menos diretos. Escudo de Armas é o campo onde se assentam as peças heráldicas; superfície ou espaço em que se pintam brasões de um . reino, de uma linhagem. Na Europa, iniciaram a usar brasões na Idade Média. Os brasões mais simples e mais limpos são os mais antigos, com menos cargas, sem brisuras. As complicações não costumam acrescentar nobreza ao escudo d'armas, senão diminuir o que teria o escudo primitivo sem nenhuma delas. Existem brisuras elevadas a grande nobreza não tanto por elas, mas conferidas pelo escudo que aparece como fundo. É um erro supor que todos os escudos tenham significativo de nobreza, no sentido de nobreza guerreira, reconhecida pelo Príncipe. Há muitos sobrenomes com escudos, mas sem nobreza, sem títulos. Compreende-se que a nobreza tenha exigido outros adornos e sinais que a diferenciassem, patenteando seus brasões. A indicação precisa de nobreza e a determinação do grau da mesma está reservado aos atributos, timbres como coroas, elmos, bureletes, larnbrequins, cimeiras etc., além de outros puramente ornamentais: paquife, pavilhão, tenentes, suportes, troféu, legendas que por vezes acentuam a simbologia do conjunto blasônico. Daí o termo: timbrar as armas ou armas timbradas. "No sentido heráldico, não há hierarquia entre títulos, o que importa é sua antigüidade e as circunstâncias que se reúnem em cada um. O valor do título é a sua história. Por isso a nobreza atual carece de importância, por lhe faltar a história. A nobreza espanhola atual, começa na época da Reconquista. (...) Há a nobreza de sangue e a do privilégio. Há ainda a que se origina nos sobrenomes e a que tem títulos. A nobreza tem sido sempre fundada mais no sobrenome ("apelido") que nas pessoas, apesar de inicialmente, sobretudo na

nobreza de privilégio concedida pelo Rei, ter sido uma dignidade pessoal (Príncipe, Infanté, Duque, Marquês, Conde, Visconde, Barão ou Senhor), oficializada com caracter hereditário, ficava logo ligada ao sobrenome. "28
Nobres dei solar y de sangre. Aplica-se dei solar - à casa mais antiga e nobre de uma estirpe.
Nobre de sangre - de linhagem nobre da Galícia, Astúrias, Leon e Castela.
Ricos homens - eram nobres sobretudo os de primeira nobreza (os mais antigos, antes da Reconquista) e cavaleiros importantes, nobreza militar. Sustentavam a guerra do Monarca contra os mouros, tinham o domínio oficial de suas terras independente de títulos. Em 1520 os Ricos homens se tornaram oficialmente Grandes de Espanha.
Fidalgos (filhos de algos) filhos de alguém que se distinguira por feitos heróicos ou por sua posição, expressando o caracter hereditário. Não tinham títulos, embora tivessem escudos. Nada tinha a ver com riquezas, muitos dos nobres eram p bres.
Cavaleiros - sem genealogia no re comprovada, não pertenciam a primeira nobreza, nem tinham títul s. Com dinheiro, faziam as guerras, sustentavam os exércitos e dep is formaram a segunda nobreza, posteriormente suprimida.
ARMAS dos Camargos
Como afirmação de nobreza encontramos seus brasões d'armas descritos em velhos códices e esculpidos em vários monumentos, alguns dos quais datam do século XIV.
Na porta da Igreja de Sta. Clara em Placência, Província de Cáceres/ESP, estão os escudos de Sevilha, de Lopes de Carvajal e de Afonso Ruiz de Camargo. No livro dos Cavaleiros de Santiago dos séculos XIV e XV, existente na Câmara Municipal da cidade de Burgos, há gravuras de guerreiros com escudos e também nas vestes destes e dos cavalos, estampados o escudo dos Garcia de Camargo, da mesma província de Burgos.
Carvalho Franco transcreve descrições de escudos Camargo:
28 ANDRADE, Pedro Baltazar Herádica ciência y arte de los. blasone.,. Barcelona/ESP
1) Diogo de Souto y Aguiar assegura - "escudo de prata com cinco bocais de poço de vermelho" não descobrimos documentos que nos esclareçam o simbolismo deste brasão de família, nem cremos que existam, escreve Carvalho Franco.
2) Garcia Garraffa: - O solar do Vale de Camargo usava: "escudo de ouro com quatro bocais de poço de negro e bordadura de vermelho, carregado de oito castelos de ouro."
3) O ramo da Extremadura (região ocidental da Espanha,) usava -"escudo de ouro, com cinco caldeiros 29 de negro postos em santor 30 e bordadura goles carregada com oito castelos de ouro."
4) Hita descreve "de ouro com seis arruelas de prata cheios de veiros azuis, bordadura de vermelho com três castelos de ouro"
5) Bartolomé Frias de Albonoz, do mesmo marquesado: "escudo de ouro com seis arruelas de prata cheias de veiros azuis, bordadura de vermelho com doze estrelas de ouro."
6) Affonso Guerra de Sandoval as desenha: "de ouro, com seis arruelas azuis e em cada uma duas faixas de veiros de prata, bordadura de vermelho com castelo de ouro sem conta."
7) A Casa de Santilana: "de ouro, com seis arruelas de veiros de azul e prata e bordadura goles, carregada de oito castelos de ouro"
8) Ramos desta usavam: esquartelado: no 1° e 4o, as armas acima; e no 22 e 39, uma banda de prata em campo de azul 31
9) O ramo de Ruiz de Camargo, de Placência, veio com Gonçalo I luiz de Camargo, de Bureba, na Província de Burgos, Região de Castela Velha, ESP.
Na mesma província permaneceu a raiz de tal galho que, no século XVI com Francisco Ruiz de Camargo, morador de Roa, fazia em 1546 constar de sentença as armas: de ouro, com seis arruelas postas duas, duas e duas e formadas por duas faixas de veiros de azul e prata e bordadura de vermelho, carregada de dez castelos de ouro, com redondel de azul no centro, postos três em chefe, seis nos flancos e um em ponta. Os Garcia de Camargo, usavam armas idênticas às últimas (inscritas, como se poderá verificar no livro da "Confraria dos Cavaleiros de Santiago" existente na Câmara Municipal da cidade de I tiirgos/ESP.
29 Caldeiros - sua origem vinha do "pendón y caldeiros" que o rei espanhol dava como iornando-os "ricos homens." Caldeirões de ferro simbolizavam que os senhores dos exércitos também os alimentavam.
30 Santor-dispostos em X: um no centro e em cada um dos quatro cantos do escudo.
31 Armas de Aliança- Armas da casa de cada um dos cônjuges.
Nobres dei solar y de sangre. Aplica-se dei solar - à casa mais antiga e nobre de uma estirpe.
Nobre de sangre - de linhagem nobre da Galícia, Astúrias, Leon e Castela.
Ricos homens - eram nobres sobretudo os de primeira nobreza (os mais antigos, antes da Reconquista) e cavaleiros importantes, nobreza militar. Sustentavam a guerra do Monarca contra os mouros, tinham o domínio oficial de suas terras independente de títulos. Em 1520 os Ricos homens se tornaram oficialmente Grandes de Espanha.
Fidalgos (filhos de algos) filhos de alguém que se distinguira por feitos heróicos ou por sua posição, expressando o caracter hereditário. Não tinham títulos, embora tivessem escudos. Nada tinha a ver com riquezas, muitos dos nobres eram p bres.
Cavaleiros - sem genealogia no re comprovada, não pertenciam a primeira nobreza, nem tinham títul s. Com dinheiro, faziam as guerras, sustentavam os exércitos e dep is formaram a segunda nobreza, posteriormente suprimida.
ARMAS dos Camargos
Como afirmação de nobreza encontramos seus brasões d'armas descritos em velhos códices e esculpidos em vários monumentos, alguns dos quais datam do século XIV.
Na porta da Igreja de Sta. Clara em Placência, Província de Cáceres/ESP, estão os escudos de Sevilha, de Lopes de Carvajal e de Afonso Ruiz de Camargo. No livro dos Cavaleiros de Santiago dos séculos XIV e XV, existente na Câmara Municipal da cidade de Burgos, há gravuras de guerreiros com escudos e também nas vestes destes e dos cavalos, estampados o escudo dos Garcia de Camargo, da mesma província de Burgos.
Carvalho Franco transcreve descrições de escudos Camargo:
28 ANDRADE, Pedro Baltazar Herádica ciência y arte de los. blasone.,. Barcelona/ESP
1) Diogo de Souto y Aguiar assegura - "escudo de prata com cinco bocais de poço de vermelho" não descobrimos documentos que nos esclareçam o simbolismo deste brasão de família, nem cremos que existam, escreve Carvalho Franco.
2) Garcia Garraffa: - O solar do Vale de Camargo usava: "escudo de ouro com quatro bocais de poço de negro e bordadura de vermelho, carregado de oito castelos de ouro."
3) O ramo da Extremadura (região ocidental da Espanha,) usava -"escudo de ouro, com cinco caldeiros 29 de negro postos em santor 30 e bordadura goles carregada com oito castelos de ouro."
4) Hita descreve "de ouro com seis arruelas de prata cheios de veiros azuis, bordadura de vermelho com três castelos de ouro"
5) Bartolomé Frias de Albonoz, do mesmo marquesado: "escudo de ouro com seis arruelas de prata cheias de veiros azuis, bordadura de vermelho com doze estrelas de ouro."
6) Affonso Guerra de Sandoval as desenha: "de ouro, com seis arruelas azuis e em cada uma duas faixas de veiros de prata, bordadura de vermelho com castelo de ouro sem conta."
7) A Casa de Santilana: "de ouro, com seis arruelas de veiros de azul e prata e bordadura goles, carregada de oito castelos de ouro"
8) Ramos desta usavam: esquartelado: no 1° e 4o, as armas acima; e no 22 e 39, uma banda de prata em campo de azul 31
9) O ramo de Ruiz de Camargo, de Placência, veio com Gonçalo I luiz de Camargo, de Bureba, na Província de Burgos, Região de Castela Velha, ESP.
Na mesma província permaneceu a raiz de tal galho que, no século XVI com Francisco Ruiz de Camargo, morador de Roa, fazia em 1546 constar de sentença as armas: de ouro, com seis arruelas postas duas, duas e duas e formadas por duas faixas de veiros de azul e prata e bordadura de vermelho, carregada de dez castelos de ouro, com redondel de azul no centro, postos três em chefe, seis nos flancos e um em ponta. Os Garcia de Camargo, usavam armas idênticas às últimas (inscritas, como se poderá verificar no livro da "Confraria dos Cavaleiros de Santiago" existente na Câmara Municipal da cidade de I tiirgos/ESP.
29 Caldeiros - sua origem vinha do "pendón y caldeiros" que o rei espanhol dava como iornando-os "ricos homens." Caldeirões de ferro simbolizavam que os senhores dos exércitos também os alimentavam.
30 Santor-dispostos em X: um no centro e em cada um dos quatro cantos do escudo.
31 Armas de Aliança- Armas da casa de cada um dos cônjuges.

Escudo d'Armas dos Camargos de Burgos
1 - Generalidades
a) Formato: ogival, francês antigo. Espanhol, só após século XVIII
b) Posição: a balon, pendendo para a direita.
c) Cores: ouro e prata, esmalte goles, veiros azuis e prata.
d) Simbologia das cores: Ouro - Símbolo da nobreza, magnanimidade, sabedoria, riqueza, poder, força, constância, fé, pureza. Diz-se topázio quando em brasões da nobreza. Prata-Símbolo da pureza, integridade, obediência, firmeza, vitória, vigilãncia, eloquência, inocência, brandura, virgindade. Em brasões da nobreza, diz-se pérola. Goles - no de títulos, diz-se rubi. Símbolo de valor, atrevimento, intrepidez. Esta cor enota fortaleza, vitória, ousadia, alteza, ardil. E a cor dos guerreiros, d s aventureiros que confiam na força de seu braço para sair triunfante e qualquer empresa. Os que tem esta cor nas armas estão obrigado a socorrer aos injustamente oprimidos.
2 - Descrição: scudo de ouro com seis arruelas postas duas, duas e duas, formad s por duas faixas de veiros grandes em ponta de azul e prata; borda ura em goles, carregada 32 de dez castelos de ouro, postos três em chefe, três em cada flanco e um no termo. Cada castelo ouro, todo mazonado 33 de sable, adjurarado 34 de azul e donjonado 35 de três torres sendo a do meio maior, cada uma com três almenas.
3 - Peças honrosas no Escudo d'Armas
a) Veiros: sempre em prata e azul. Símbolo de dignidade, distintivo da Ordem de Cavaleiros, em memória da vitória sobre Abderramán, em Poitiers. Figuras em formato de sinos, os veiros foram concedidos a pregadores, doutrinadores, propagadorés de causas cristãs contra hereges, como Cruzadas e a Reconquista. Normalmente os veiros azuis eram de peles.
32 Carregada novas peças honrosas ao atual possuidor do escudo d'armas, sobre as antes autorgadas a seus ancestrais.
33 Mazonado de sable quando as linhas de divisão entre as pedras são visíveis e pretas.
34 Adjurado referente a cor das portas e janelas. Se o castelo fôr dourado, as portas c janelas serão goles; em castelos prata, serão sables; ou nas cores do lirasao personalizados àquela estirpe. No brasão dos De Camargo são em azul corno os veiros.
35 donjonados encimado por torres.
No brasão dos Camargos, sobre a pele azul, temos os raríssimos vuiros grandes de prata com menos de 4 fileiras de 4 e de 6 veiros.
Veiros em ponta: ou em pala quando as pontas dos escudetes de uma linha estão opostos às bases dos escudetes da linha superior. A base do veiro superior está superposta sobre a ponta do inferior.
b) Bordadura: Peça honrosa de -P ordem, interiormente rodeia lodo o contorno do escudo. Outorgados por feitos de armas contra os mouros. É muito freqüente nos brasões espanhóis dos Antigos Reinos. I rtpresenta a túnica da armadura dos cavaleiros, quando a espada ou o toalha sobre a armadura foram manchados do sangue do inimigo - "sacaban del combate teñida en sangre del enemigo"
c) Castelos: Somente quando encimado por 2 ou 3 torres. !batotam nobreza del solar. Simbolizam grandeza e elevação, asilo e roilvt (guarda. São armas falantes do Reino de Castela.
4 - Atributos Indicam a classe, dignidade ou função do nobre.
Elmo verdadeiro distintivo da nobreza de nascimento, pois só podem usa-lo em seus escudos os que pertencem a alguma destas (bramias categorias. Sua apresentação obedece regras rigorosas, conforme o grau e pureza da linhagem.
O elmo primitivo (séc. XIII) era uma calota esférica apoiada sobre os ombros, em que a cabeça podia se mover livremente. Nas armas dos Reis e Imperadores, o elmo é de ouro, colocado de frente, viseira aberta sem grades ou com viseira de onze barras.
Príncipes e Duques Soberanos tinham-no igual mas menos Abertos. Para os Príncipes e Duques não soberanos o elmo era de prata guarnecido de ouro, colocado de frente, com viseira de nove barras, com bordadura e cravos de ouro.
Marquês - usava o mesmo elmo mas com viseira de sete barras.
Conde, Visconde - elmo de prata guarnecido de ouro, com viseira barras, bordadura e cravos de ouro, mas terciado.
No Império romano, o conde era um dignitário, especialmente comandante militar. Na Idade Média, o Conde era o Soberano de um condado ou chefe militar de um território.
Funcionários, com juramento de fidelidade a Carlos Magno, governavam os "comitatus", exercendo funções administrativas e miloitares pelas quais eram recompensados com terras hereditárias, origem das grandes dinastias no regime feudal.
Bispos e Condes eram as mais altas autoridades do Estado. O comando militar passou a ser exercido pelos Duques.
Duques e Condes eram os verdadeiros Senhores, após o Império Carolíngio. Apenas nominalmente reconheciam a autoridade real.
1 - Generalidades
a) Formato: ogival, francês antigo. Espanhol, só após século XVIII
b) Posição: a balon, pendendo para a direita.
c) Cores: ouro e prata, esmalte goles, veiros azuis e prata.
d) Simbologia das cores: Ouro - Símbolo da nobreza, magnanimidade, sabedoria, riqueza, poder, força, constância, fé, pureza. Diz-se topázio quando em brasões da nobreza. Prata-Símbolo da pureza, integridade, obediência, firmeza, vitória, vigilãncia, eloquência, inocência, brandura, virgindade. Em brasões da nobreza, diz-se pérola. Goles - no de títulos, diz-se rubi. Símbolo de valor, atrevimento, intrepidez. Esta cor enota fortaleza, vitória, ousadia, alteza, ardil. E a cor dos guerreiros, d s aventureiros que confiam na força de seu braço para sair triunfante e qualquer empresa. Os que tem esta cor nas armas estão obrigado a socorrer aos injustamente oprimidos.
2 - Descrição: scudo de ouro com seis arruelas postas duas, duas e duas, formad s por duas faixas de veiros grandes em ponta de azul e prata; borda ura em goles, carregada 32 de dez castelos de ouro, postos três em chefe, três em cada flanco e um no termo. Cada castelo ouro, todo mazonado 33 de sable, adjurarado 34 de azul e donjonado 35 de três torres sendo a do meio maior, cada uma com três almenas.
3 - Peças honrosas no Escudo d'Armas
a) Veiros: sempre em prata e azul. Símbolo de dignidade, distintivo da Ordem de Cavaleiros, em memória da vitória sobre Abderramán, em Poitiers. Figuras em formato de sinos, os veiros foram concedidos a pregadores, doutrinadores, propagadorés de causas cristãs contra hereges, como Cruzadas e a Reconquista. Normalmente os veiros azuis eram de peles.
32 Carregada novas peças honrosas ao atual possuidor do escudo d'armas, sobre as antes autorgadas a seus ancestrais.
33 Mazonado de sable quando as linhas de divisão entre as pedras são visíveis e pretas.
34 Adjurado referente a cor das portas e janelas. Se o castelo fôr dourado, as portas c janelas serão goles; em castelos prata, serão sables; ou nas cores do lirasao personalizados àquela estirpe. No brasão dos De Camargo são em azul corno os veiros.
35 donjonados encimado por torres.
No brasão dos Camargos, sobre a pele azul, temos os raríssimos vuiros grandes de prata com menos de 4 fileiras de 4 e de 6 veiros.
Veiros em ponta: ou em pala quando as pontas dos escudetes de uma linha estão opostos às bases dos escudetes da linha superior. A base do veiro superior está superposta sobre a ponta do inferior.
b) Bordadura: Peça honrosa de -P ordem, interiormente rodeia lodo o contorno do escudo. Outorgados por feitos de armas contra os mouros. É muito freqüente nos brasões espanhóis dos Antigos Reinos. I rtpresenta a túnica da armadura dos cavaleiros, quando a espada ou o toalha sobre a armadura foram manchados do sangue do inimigo - "sacaban del combate teñida en sangre del enemigo"
c) Castelos: Somente quando encimado por 2 ou 3 torres. !batotam nobreza del solar. Simbolizam grandeza e elevação, asilo e roilvt (guarda. São armas falantes do Reino de Castela.
4 - Atributos Indicam a classe, dignidade ou função do nobre.
Elmo verdadeiro distintivo da nobreza de nascimento, pois só podem usa-lo em seus escudos os que pertencem a alguma destas (bramias categorias. Sua apresentação obedece regras rigorosas, conforme o grau e pureza da linhagem.
O elmo primitivo (séc. XIII) era uma calota esférica apoiada sobre os ombros, em que a cabeça podia se mover livremente. Nas armas dos Reis e Imperadores, o elmo é de ouro, colocado de frente, viseira aberta sem grades ou com viseira de onze barras.
Príncipes e Duques Soberanos tinham-no igual mas menos Abertos. Para os Príncipes e Duques não soberanos o elmo era de prata guarnecido de ouro, colocado de frente, com viseira de nove barras, com bordadura e cravos de ouro.
Marquês - usava o mesmo elmo mas com viseira de sete barras.
Conde, Visconde - elmo de prata guarnecido de ouro, com viseira barras, bordadura e cravos de ouro, mas terciado.
No Império romano, o conde era um dignitário, especialmente comandante militar. Na Idade Média, o Conde era o Soberano de um condado ou chefe militar de um território.
Funcionários, com juramento de fidelidade a Carlos Magno, governavam os "comitatus", exercendo funções administrativas e miloitares pelas quais eram recompensados com terras hereditárias, origem das grandes dinastias no regime feudal.
Bispos e Condes eram as mais altas autoridades do Estado. O comando militar passou a ser exercido pelos Duques.
Duques e Condes eram os verdadeiros Senhores, após o Império Carolíngio. Apenas nominalmente reconheciam a autoridade real.

O reis germanos governavam com o auxílio dos Condes ao mesmo tempo que temiam o poder dos Duques. Os barões e gentis-homens de antiga nobreza que eram cavaleiros desempenhando cargos importantes no exército ou na Corte, tinham elmos de aço brunido e viseira com cinco barras. Elmo com viseira móvel, para fidalgos; abaixada para os recém enobrecidos ou nobreza particular, nobreza dada pelo Rei. Sobre os escudos d'armas de família os nobres não titulares, colocavam o elmo aberto só depois da quarta geração de nobreza. Vulgarizados no uso em torneios, os elmos perderam o significado heráldico. a) Descrição - Elmo dos Camargos é de prata, filetado de ouro, te dado para a direita, viseira com sete barras de prata, clavos e gu rnição de ouro; gorjal de prata bordejado com besantes de ouro en re a orleta e borda guarnecidas de ouro. Cimeira com penacho de quatro plumas: duas em ouro intercaladas com duas em goles. Paquife e mbrequines com formato de folhas em ouro e goles. São características idênticas às do elmo de Conde e Visconde. b) Terciado - nem de frente, nem de lado. Permitido a conde, visconde, barão. Elmo terciado ou de perfil para a direita significa honraria. Quando para esquerda, houve desonra, bastardia, etc. c) Viseira com barras - Viseira antiga dos nobres de linhagem. d) Cinco ou sete barras? visível, 5 barras; mas está terciado. Com sete barras e terciado, para conde e visconde. e) Gorjal - protetor de pescoço e ombros. Este apresenta características usados pela nobreza na Idade Média. f) Besantes - Figuras redondas, planas, cheias e maciças, sempre de metal enquanto as arruelas são esmaltes. Peça honrosa de 32 ordem, não se sabe ao certo a origem, crê-se vir dos bisantius, moedas gregas de Constantinopla. Encontrado nos escudos dos que estiveram no Oriente, participando das Cruzadas. Consta que o rei Arthur concedera aos Cavaleiros da Távola Redonda. g) Cimeira colocada sobre o elmo. h) Penachos com quatro plumas, ouro e goles intercaladas 2 a 2. Substitui o virol e o paquife. Símbolo honorífico dos cavaleiros das Ordens Militares, doutores e capelães. 5) Ornatos Lambrequines em formato de folhas, de ouro e goles denotando nobreza antiga. Saem do virol e parte posterior do Elmo caindo para ambos os lados, Análogos às amplas túnicas que cobriam as armaduras dos cavaleiros até os pés, quando engalanados.

RAIZ brasileira INDÍGENA
Cacique TEBIRIÇÁ
Entre as nações ou tribos da família Tapúia é que se apanham as mais vivas reminiscências da religião dos Incas (Peru), oriundos da Ásia. Dominando o planalto, andavam entre os Andes e a faixa da costa brasileira, enquanto a maioria dos Tupis viviam pelo litoral. Da estirpe real dos Guaianás, os mais adiantados da família dos Tapuias (Jês), Cacique Tebiriçá governava em lnhapuambuçú, perto de onde mais tarde foi fundada a Vila de S. Paulo. "Lá no planalto, em toda a bacia do alto Tietê, imperava Tebiriçá. Ali vivia também João Ramalho, com outros portugueses, todos em alianças com famílias indígenas."- Rocha Pombo. Muito contribuiu Tebiriçá para a adaptação dos portugueses ao Brasil, facilitando o comércio com os nativos, apoiando a colonização, a permanência dos portugueses e a miscigenação destes com os legítimos donos da terra. Com soberana valentia protegeu os colonizadores e núcleos de catequese. A pedido de Pe. Nobrega, foi morar com sua família na incipiente povoação de S. Paulo, estabelecendo um cerco protetor a jesuítas e catecúmenos, contra aventureiros e tribos hostis. Incentivando o casamento de suas filhas com portugueses, pediu a Pedro Dias que se casasse com sua 2ª filha. Irmão leigo jesuíta, Dias consultou a Ignácio de Loiola, Geral da Ordem, que desligando-o dos votos, permitiu se casasse com Teberê, batizada Maria da Grã. A outra filha, Mbicy 36 casou com o lusitano João Ramalho. O casamento em São Paulo, da trineta deles Leonor Domingues com Jusepe de Camargo, originou a família de Camargo no Brasil. O patriarca dos Camargos brasileiros é realmente o espanhol castelano José Ortiz de Camargo que se fez conhecer e assinava Jusepe de Camargo. Leonor Domingues, matriarca desta família, sendo tetraneta do Cacique Tebiriçã, tem raízes brasileiras anteriores a 1500.
36 É indicada por alguns autores corno Bartira ou Potira, a flor. (Silva Leme)
Cacique TEBIRIÇÁ
Entre as nações ou tribos da família Tapúia é que se apanham as mais vivas reminiscências da religião dos Incas (Peru), oriundos da Ásia. Dominando o planalto, andavam entre os Andes e a faixa da costa brasileira, enquanto a maioria dos Tupis viviam pelo litoral. Da estirpe real dos Guaianás, os mais adiantados da família dos Tapuias (Jês), Cacique Tebiriçá governava em lnhapuambuçú, perto de onde mais tarde foi fundada a Vila de S. Paulo. "Lá no planalto, em toda a bacia do alto Tietê, imperava Tebiriçá. Ali vivia também João Ramalho, com outros portugueses, todos em alianças com famílias indígenas."- Rocha Pombo. Muito contribuiu Tebiriçá para a adaptação dos portugueses ao Brasil, facilitando o comércio com os nativos, apoiando a colonização, a permanência dos portugueses e a miscigenação destes com os legítimos donos da terra. Com soberana valentia protegeu os colonizadores e núcleos de catequese. A pedido de Pe. Nobrega, foi morar com sua família na incipiente povoação de S. Paulo, estabelecendo um cerco protetor a jesuítas e catecúmenos, contra aventureiros e tribos hostis. Incentivando o casamento de suas filhas com portugueses, pediu a Pedro Dias que se casasse com sua 2ª filha. Irmão leigo jesuíta, Dias consultou a Ignácio de Loiola, Geral da Ordem, que desligando-o dos votos, permitiu se casasse com Teberê, batizada Maria da Grã. A outra filha, Mbicy 36 casou com o lusitano João Ramalho. O casamento em São Paulo, da trineta deles Leonor Domingues com Jusepe de Camargo, originou a família de Camargo no Brasil. O patriarca dos Camargos brasileiros é realmente o espanhol castelano José Ortiz de Camargo que se fez conhecer e assinava Jusepe de Camargo. Leonor Domingues, matriarca desta família, sendo tetraneta do Cacique Tebiriçã, tem raízes brasileiras anteriores a 1500.
36 É indicada por alguns autores corno Bartira ou Potira, a flor. (Silva Leme)

RAIZ européia PORTUGUESA
JOÃO RAMALHO - patriarca da gente paulista
Como poderão verificar nos dados genealógicos e árvores de costado da família, ancestrais vindos do reino de Portugal foram pioneiros na formação do Brasil Colonial. E nos primórdios do Rio Grande do Sul, oriundos das Ilhas do Arquipélago dos Açores, Ilha da Madeira e Províncias do Reino de Portugal, nossos ancestrais portugueses foram dos primeiros a colonizar estas paragens. Mas o primeiro lusitano a se fixar no Brasil, não nos restam dúvidas, foi João Ramalho. Filho de João Velho Maldonado e de Catharina Affonso, moradores na aldeia de Balbode/POR, nasceu em Bouzela37 ou Vouzela,38 Freguesia e Comarca de Viseu/POR; talvez na época pertencente á Coimbra, pois Tomé de Sousa se referia a João Ramalho como "do termo de Coimbra". Não se sabe como chegou ao Brasil. Náufrago no litoral paulistano? Seu conterrâneo, o governador Tomé de Souza testemunha: "João Ramalho (...) que Martim Afonso já achou nesta terra (...)". Pe. Luís Gonçalves da Câmara: "Nesta terra está um João Ramalho. É muito antigo nela" e Pe. Manuel da Nóbrega: "Quando veio da terra, que havia quarenta anos e mais, deixou mulher lá viva, e nunca mais soube dela, mas lhe parece que deve ser morta, pois já vão tantos anos. (...) João Ramalho era parente do Pe. Manuel de Paiva, que no Brasil viera conhecer (...)." "Admitida essa estimativa, teria precedido Cabral." 39 "Nasceu em 1493" - Delta Larouse. "Ao se iniciar a colonização, já se encontravam no Brasil alguns povoadores, cuja chegada nunca ficou bem esclarecida. Alguns deles vieram a tornar-se patriarcas de importantes famílias, como na Bahia, Diogo Álvares que os índios chamavam Caramuru (que quer dizer Moréia, peixe da região), e em S. Paulo, João Ramalho, cujos descendentes de sangue luso e americano foram os grandes campeões da expansão portuguesa na América."40 João Ramalho viveu maritalmente durante mais de quarenta anos com Mbicy, batizada lzabel Dias. O casamento religioso nunca pode
37 Bucela-cid POR próxima do rio Tejo entre Lisboa e Vila Franca de Cira.
38 Vouzela-cid POR 40°43N 8°W Freguesia e Comarca de Viseu, Prov. Beira Alta.
39Transcrições documentárias in Enciclopédia Mirador Internacional
40 Enciclopédia Barsa. O itálico é nosso, destacando o pioneirismo dos ancestrais.
ser realizado, pois antes de chegar ao Brasil, João Ramalho era casado na aldeia de Valgode ou Balbode/Portugal, com Catarina Fernandes das Vacas a quem jamais tornou a ver. Em seu testamento (3/5/1580), atualmente extraviado, os filhos de João Ramalho e lzabel Dias eram: André, Joanna, Margarida, Vitório, Marcos, João Ramalho, Antônio de Macedo e Antônio Quaresma. Todos foram batizados. Era costume entre os portugueses dar aos filhos o prenome e sobrenomes de ancestrais, bem como o de padrinhos; por isso, sobrenomes (apelidos) diferentes não significava bastardia.
JOÃO RAMALHO - pioneiro da colonização
Porto de São Vicente
22/1/1502 A expedição de André Gonçalves, com o navegador Américo Vespúcio descobre um porto na costa brasileira a que denominaram rio São Vicente. Desde os primórdios do descobrimento do Brasil, São Vicente já constava em mapas, como nos dois Atlas Kurstman (1503). Figurando rios primeiros mapas e roteiros mais antigos do século XVI, era pela Europa um dos mais conhecidos portos brasileiros. A ilha de S. Vicente era separada do continente apenas por estreitos canais, sendo mais .tinplo e profundo o canal grande, a nordeste da ilha. Tinha um pouco mais de duas léguas quadradas de extensão. Naqueles tempos, era muito ativo o tráfego entre os campos do 1,1.mnIto e o porto de S. Vicente. Com bom ancoradouro, aguada e eparos de navios, vendendo pequenas embarcações de enseada que 1.1 construíam, facilitavam negócios para expedições em trânsito, ,ie;istecendo-as com produtos nativos em troca de artigos europeus. No porto e suas imediações, viviam portugueses perfeitamente ielacionados com diversas nações indígenas.
João Ramalho não se fixou no litoral, vivia mais acima na orla do mato pluvial da Serra do Mar, na borda do campo, em Jaguaporecuba a umas doze léguas da costa. Usando da ascendência que tinha sobre Tebiriçá, silvícolas e colonos, (- João Ramalho é muito conhecido e venerado... escreveu Pe. Nóbrega), ocupava-os a reunir produtos do campo levados depois para o litoral. Armazenavam no porto as mercadorias a espera de compradores vindos da Europa e outros Tanto por terra como por mar, vasculhando recôncavos, abrindo caminhos pelas praias e sertões, ia a gente de João Ramalho
JOÃO RAMALHO - patriarca da gente paulista
Como poderão verificar nos dados genealógicos e árvores de costado da família, ancestrais vindos do reino de Portugal foram pioneiros na formação do Brasil Colonial. E nos primórdios do Rio Grande do Sul, oriundos das Ilhas do Arquipélago dos Açores, Ilha da Madeira e Províncias do Reino de Portugal, nossos ancestrais portugueses foram dos primeiros a colonizar estas paragens. Mas o primeiro lusitano a se fixar no Brasil, não nos restam dúvidas, foi João Ramalho. Filho de João Velho Maldonado e de Catharina Affonso, moradores na aldeia de Balbode/POR, nasceu em Bouzela37 ou Vouzela,38 Freguesia e Comarca de Viseu/POR; talvez na época pertencente á Coimbra, pois Tomé de Sousa se referia a João Ramalho como "do termo de Coimbra". Não se sabe como chegou ao Brasil. Náufrago no litoral paulistano? Seu conterrâneo, o governador Tomé de Souza testemunha: "João Ramalho (...) que Martim Afonso já achou nesta terra (...)". Pe. Luís Gonçalves da Câmara: "Nesta terra está um João Ramalho. É muito antigo nela" e Pe. Manuel da Nóbrega: "Quando veio da terra, que havia quarenta anos e mais, deixou mulher lá viva, e nunca mais soube dela, mas lhe parece que deve ser morta, pois já vão tantos anos. (...) João Ramalho era parente do Pe. Manuel de Paiva, que no Brasil viera conhecer (...)." "Admitida essa estimativa, teria precedido Cabral." 39 "Nasceu em 1493" - Delta Larouse. "Ao se iniciar a colonização, já se encontravam no Brasil alguns povoadores, cuja chegada nunca ficou bem esclarecida. Alguns deles vieram a tornar-se patriarcas de importantes famílias, como na Bahia, Diogo Álvares que os índios chamavam Caramuru (que quer dizer Moréia, peixe da região), e em S. Paulo, João Ramalho, cujos descendentes de sangue luso e americano foram os grandes campeões da expansão portuguesa na América."40 João Ramalho viveu maritalmente durante mais de quarenta anos com Mbicy, batizada lzabel Dias. O casamento religioso nunca pode
37 Bucela-cid POR próxima do rio Tejo entre Lisboa e Vila Franca de Cira.
38 Vouzela-cid POR 40°43N 8°W Freguesia e Comarca de Viseu, Prov. Beira Alta.
39Transcrições documentárias in Enciclopédia Mirador Internacional
40 Enciclopédia Barsa. O itálico é nosso, destacando o pioneirismo dos ancestrais.
ser realizado, pois antes de chegar ao Brasil, João Ramalho era casado na aldeia de Valgode ou Balbode/Portugal, com Catarina Fernandes das Vacas a quem jamais tornou a ver. Em seu testamento (3/5/1580), atualmente extraviado, os filhos de João Ramalho e lzabel Dias eram: André, Joanna, Margarida, Vitório, Marcos, João Ramalho, Antônio de Macedo e Antônio Quaresma. Todos foram batizados. Era costume entre os portugueses dar aos filhos o prenome e sobrenomes de ancestrais, bem como o de padrinhos; por isso, sobrenomes (apelidos) diferentes não significava bastardia.
JOÃO RAMALHO - pioneiro da colonização
Porto de São Vicente
22/1/1502 A expedição de André Gonçalves, com o navegador Américo Vespúcio descobre um porto na costa brasileira a que denominaram rio São Vicente. Desde os primórdios do descobrimento do Brasil, São Vicente já constava em mapas, como nos dois Atlas Kurstman (1503). Figurando rios primeiros mapas e roteiros mais antigos do século XVI, era pela Europa um dos mais conhecidos portos brasileiros. A ilha de S. Vicente era separada do continente apenas por estreitos canais, sendo mais .tinplo e profundo o canal grande, a nordeste da ilha. Tinha um pouco mais de duas léguas quadradas de extensão. Naqueles tempos, era muito ativo o tráfego entre os campos do 1,1.mnIto e o porto de S. Vicente. Com bom ancoradouro, aguada e eparos de navios, vendendo pequenas embarcações de enseada que 1.1 construíam, facilitavam negócios para expedições em trânsito, ,ie;istecendo-as com produtos nativos em troca de artigos europeus. No porto e suas imediações, viviam portugueses perfeitamente ielacionados com diversas nações indígenas.
João Ramalho não se fixou no litoral, vivia mais acima na orla do mato pluvial da Serra do Mar, na borda do campo, em Jaguaporecuba a umas doze léguas da costa. Usando da ascendência que tinha sobre Tebiriçá, silvícolas e colonos, (- João Ramalho é muito conhecido e venerado... escreveu Pe. Nóbrega), ocupava-os a reunir produtos do campo levados depois para o litoral. Armazenavam no porto as mercadorias a espera de compradores vindos da Europa e outros Tanto por terra como por mar, vasculhando recôncavos, abrindo caminhos pelas praias e sertões, ia a gente de João Ramalho

até Paranaguá e S. Francisco, provavelmente até a ilha dos Patos. Intrépidos, percorriam todo o litoral de S. Vicente à Cananéia. Sob orientação de João Ramalho viviam silvícolas, colonos e portugueses, quando Martim Afonso de Sousa aportou pela primeira vez em Bertioga, a meia légua de S. Vicente, ao retornar da expedição exploradora pela costa leste sul-americana. S. Vicente - célula mater da nacionalidade Martim Afonso de Sousa saiu de Portugal com cinco embarcações tendo como comandante imediato seu irmão mais moço, Pero Lopes de Sousa. Vieram também Pero Gois e três irmãos, muitos outros fidalgos e marítimos conhecidos, aventureiros portugueses, franceses, espanhóis, italianos, alemães, todos querendo se fixar no Brasil. Após combater aos franceses na costa leste brasileira desembarcar parte do pessoal, Martim Afonso desceu para explorar a costa Sul. A nau capitânea naufragou perto do Chuí devido a fortes chuvas e ventos. Enquanto Pero Lopes explorava o Rio da Prata, Martim Afonso ficou em terra com astrônomos e navegadores; levantando latitudes e longitudes convenceu-se de que, pelo Tratado de Tordesilhas, o Rio da Prata pertencia à Espanha. Voltou a S. Vicente, onde passa o meridiano que limitava o domínio português. Devido ao mau tempo, só pela tarde de 20 de Janeiro de 15832 a esquadrilha entrou no canal a sudoeste da ilha de S. Vicente. Antônio Rodrigues, um dos sócios de João Ramalho, avisado pelos índios, fez o capitão-mor desembarcar as quatrocentas pessoas logo depois da entrada do estreito, à direita na praia sul. No segundo dia já haviam explorado todas as vizinhanças. Construindo as primeiras casas, uma capela e um fortim, iniciava-se a povoação. Para evitar assaltos junto a barra de Bertioga, a conselho de Rodrigues, Martim a Afonso mandou construir um fortim provisório e atalaia na ponta de Santo Amaro. Foi gota d'água que faltava... Os chefes tamóios de Ubatuba compreendendo que os visitantes não tinham chegado só para traficar, começaram a hostilizá-los. João Ramalho e seu sogro evitaram o atrito, tranquilizando índios e tripulação ali desembarcada. 4Lylha dos Patos-denominação dada pelos portugueses à Ilha de Santa Catarina, até primórdios do século XVII: os carijós a chamavam de Jurirê-mirim. Possivelmente descoberta pela expedição de Gonçalo Coelho em 1503, foi João Caboto quem lhe deu o nome de Ilha de Sta. Catarina, quando em viagem ao Prata em 1526. de Auxiliado por João Ramalho, o Capitão-mor Martim Afonso cuidou fundar a povoação de S. Vicente, a mais antiga dos portugueses no Brasil. Demarcou a área em datas, distribuindo-as aos colonos com posse provisória nos prazos enquanto lavrassem; fora da vila, as terras da de açúcar. ilha eram de uso comum. Iniciaram certas culturas, especialmente a cana locais. Nomeando juizes do povo, escrivães, meirinhos, almotacéis e outros ofícios públicos, estabeleceu a administração e justiça Construindo uma igreja melhor, entregou-a ao pároco Pe. Gonçalo Monteiro. Naquela época e até bem mais, o direito incontestado de Portugal não passava de S. Vicente, isolado na colônia instalada naquela pequena porção do litoral. À medida que progredia, a Vila de S. Vicente não mais comportava os da e colonos impacientes que invadiram campos nas vizinhanças além ilha. Visitando a região de serra-acima, Martim Afonso proibiu a invasão dos campos do planalto, evitando complicações com a gente de João Ramalho. Capitanias e Sesmarias resolvia Voltando a S. Vicente, João de Souza entregou a Martim Afonso a carta de D. João III, rei de Portugal que apressando o povoamento da terra, dividi-la em grandes lotes, as sesmarias, a serem doadas a seus vassalos mais dignos, devendo Martim Afonso escolher os melhores para si e para seu irmão Pero Lopes. Inicialmente só havia concessão de usufrutos das sesmarias. Em 1534, real adotando o sistema de capitanias hereditárias, transferiram a soberania aos donatários, sob reservas limitadas e definidas, dando-lhes jurisdição civil e criminal sobre todos os escravos, gentios e homens livres; podendo erigir vilas e instalar câmaras municipais cujo presidente era recebia Tordesilhas. o juiz ordinário. Além da capitania, cada donatário uma faixa de 10 léguas de terra ao longo da costa que se interiorizavam até encontrar a linha imaginária do meridiano do Tratado do Representantes limite do poder capitanias para arrecadar as rendas da Coroa. O mais meridional do domínio real só português entravam na época, nas se restringia à Capitania de Santana, de Pero Lopes, que chegava até porto de Laguna Das 15 capitanias só duas progrediram: a de S. Vicente (São Paulo) e a de Pernambuco

Piratininga Em 1531, cap-mor Martim Affonso de Souza doou a João Ramalho a Sesmaria na Ilha Guaíba, ao longo do curso do rio Ururaí até o local denominado Jaguaporecuba. Com as excepcionais medidas de Martim Afonso, João Ramalho tornara-se outra vez senhor absoluto do campo. Os índios do sertão já lhe ervas forneciam madeiras preciosas, peles, cares e peixes de seca, pássaros, e sujeito muitos outros acrescentou muitas indústrias novas. Explorava com exclusividade a criação, já que na marinha não havia campos para pastagens. Não a imprevisão de expedições, o tráfego entre S. Vicente e a metrópole respeitado tornou-se entre mais regular. aborígenes e portugueses, tornou-se rico e forte senhor do planalto. Borda do Campo Ramalho um criou a povoação João vizinhanças da antiga Fazenda e atual vila de São Bernardo, junto, a velha estrada que ligava Santos a S. Paulo, onde vivia desde muito com sua vasta prole (...)" Rocha Pombo. Embora tivesse uma guarnição permanente de índios, foi tomando certo ar europeu, alinhando-se ruas, construindo-se casas. Revogada, lá por 1543, a ordem que vedava o ingresso ao campo, embrenhando-se de aventureiros, Assunção no Paraguai. Queixavam-se os índios das invasões. A pedido Ramalho, Tomé de Souza foi ao planalto e alarmado, renovou o trato com os índios em suas aldeias. Recolheu à Borda do Campo dispersos por traficantes construção de muradas de taipas com baluartes para fortificá-la. Santo André da Borda do Campo de Por carta de 1/7/1553, Tomé de Souza fez João Ramalho capitão campo para que reunisse os habitantes esparsos na região em torno da ermida já existente. Na praça central elevaram um pelourinho. Com muita festa, na presença Provedor da Fazenda Real, o lendário arraial de Borda do Campo foi elevado a vila Santo André de Borda do Campo em 8/9/1553. Tomé de Souza, proibindo o ingresso de estranhos na vila, tentou o coibir as relações da colônia com os espanhóis do Paraguai. Capitão de campo, João Ramalho cumulativamente foi Alcaide-mor com comando terrestre da vila e também guarda-mor de campo responsável pela defesa. Foi Vereador de 1553-1558 e em 1564. produtos João da da terra, Ramalho, Borda pelos sertões, do a que venerado Campo logo e "nas negociavam todo do o planalto, ordenando até a Loco-tenente do donatário e O Qual a extensão da interiorização? Transcrevo um trecho de Rocha Pombo - História do Brasil: "Parece mesmo que se liquida a existência, talvez até antes da vinda de Prata e Martim Afonso, de caminhos, ou pelo menos rotas abertas, entre os campos de Piratininga e o Paraguai e de relações entre povos da bacia do Tupis deste outro lado. Depois de Martim Afonso, duas viagens históricas, pelo menos, não deixam a mínima dúvida quanto a - essas relações; a de Cabeza de Vaca (de Santa Catarina à Assunção, feito em pouco mais de quatro meses); e a de Ulrico Schmidel, o temerário soldado, que seguido de uns quantos companheiros e alguns índios, em menos de seis meses, veio de Assunção aos campos de Piratininga. O que se conclui de tudo isso, em suma, é que, mesmo independente dos esforços de Martim Afonso, ao tempo em que o capitão-mor saiu para o reino, já havia relações, pelo interior entre os povos da Paraguai. capitania Quanto de aos S. Vicente sertões do e os norte do sul e sudoeste até o continuava-se mais completa ignorância; mas do sul já se tinham notícias de certo valor, colhidas, na tanto Piratininga *2 pelos como portugueses, pelos mamelucos castelhanos que e índios penetravam de no Continente seguindo as várias vias fluviais da bacia do Prata.(...) Quer portugueses, quer espanhóis, ao devassar os sertões do interior, presumiam ser os primeiros a descobri-los e apressavam-se a tomar posse das respectivo novas terras, soberano. Pero com toda Lopes a solenidade, lançava em padrões nome de do posse portuguesa às margens do Prata; Cabeza de Vaca registrava, como pertencentes à Espanha, os campos gerais, a que chegou a dar o nome de Província de Vera. Dir-se-ia que em grande parte o continente não é mais por enquanto que um domínio comum das duas coroas. É isso que se dava no Sul.” Vim 1548 fam ao Sul a cata de escravos vermelhos. Martim Correa de Sá, 1626. HContinente de São Pedro de Rio Grande - nome usado para o território gaúcho.

São Paulo de Piratininga Depois de visitar S. Vicente, Pe. Nóbrega se convenceu de que o sucesso da catequese indígena dependia de afastá-los dos colonos, apesar de veemente objeção do governador Tomé de Sousa. Sem abandonar a idéia, conseguindo permissão para ir ao campo em ao lado, início do agosto de 1553, Pe. Nobrega e companheiros atravessaram a serra do mar, subindo ao planalto de Piratininga. Lá na lombada de campo alto entre os ribeiros Tamanduateí e Anhanguabaú a gente de João Ramalho e Tebiriçá, construíram um aposento com uma capela colégio da Casa de Piratininga, núcleo da futura cidade de São Paulo. Quando uns 13 entre padres e irmãos jesuítas enviados por Nóbrega lá chegaram em 1554, já encontraram casas levantadas pelos índios e mamelucos. No dia 25 de janeiro de 1554, foi rezada a primeira missa na aldeia que levou nome de São Paulo por ser dia da conversão deste apóstolo. Em vez de muros e fortificações, Pe. colégio, Nóbrega convenceu Tebiriça, João Ramalho e sua gente a se mudarem para lá, abandonando suas antigas aldeias. Em torno do chefes Tebiriçá, Caiubi e outros armaram suas tendas, improvisando uma povoação em poucos meses. Não tinha o aspecto europeu de Santo André, mas não era uma aldeia de índios; casas cobertas de palhas, formando praças. cercadas de ripas, alinhavam-se em ruas, Além da proximidade do Paraguai, a preferência dos jesuítas pela capitania de Martim Afonso foi "por ser toda ela habitada por gente de boa índole," conforme escreveu Nóbrega a El-Rei, "(...) e é por aqui (Piratininga) a porta e o caminho mais certo e seguro para entrar nas gerações do sertão, de que temos boas informações”. Fundou o colégio, longe de Santo André da Borda do Campo para fugir da influência dos colonos portugueses e aventureiros que faziam um comércio de índios preados. Pregando lucrativo desregrados costumes, não descansou até tirar-lhes todo o poder. A contra seus conselho de Pe. Nóbrega, o novo governador Mem de Sá, por carta de 20 de maio de 1560, passou Santo André para a jurisdição de São Paulo. Transferindo o pelourinho, todos os serviços públicos e a população, formou-se a Vila de São Paulo, sob festejos. Na revolta indígena de 1562, os índios Guaianás, Tupis e Carijós, comandados por Araraí, irmão de Tebiriçá, atacaram S. Paulo sendo rechaçados pela gente de Tebiriçá e de João Ramalho. Santo André, já condenada ao extermínio, ficou totalmente arrasada. Martim Afonso Tebiriçá, assim batizado por Pe. Anchieta, morreu em S. Paulo a 25/12/1562. João Ramalho alegando ser maior de 70 anos, recusou-se a ser vereador de São Paulo em 1564. Em 30/9/1576 ainda assinou ata da Câmara de S. Paulo. Já velho, afastou-se de tudo, indo viver entre os índios Tupiniquins (tupinaquis) no vale Paranaíba. Em 1580 faleceu em S. Paulo de Piratininga/S.P. Nossos ascendentes desde Tebiriçá 1-MBICY x JOÃO RAMALHO *Brasil *Vouzela/POR SS. Paulo 2- JOANNA RAMALHO x JORGE FERREIRA *S. Paulo de Piratininga JORGE FERREIRA - Capitão-mor da capitania de Santo Amaro 10/5/1566, onde possuía um engenho. Capitão-mor e ouvidor da capitania de São Vicente. 3-N.. *S. 4- FERREIRA x GONCALO CAMACHO Paulo de Piratininga *Viana/Portugal ANNA CAMACHO x Domingos Luiz. 1 1608 S. Paulo *Marinota/POR + 1615 Domingos Luis - *Freg. N. Sra. da Carvoeira.*4 cognominado "o Carvoeiro” Filho de Lourenço Luiz *POR x Leonor Domingues "POR Fidalgo, Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo, fundador da Capela de N. Sra. da Luz, erigida no sítio de Piranga, transferida em 1603 para o sítio de Guaporé. Entregou a administração para o 5- filho Antônio Lourenço. LEONOR DOMINGUES *S. PAULO de Piratininga S.P. x JOSÉ ORTIZ DE CAMARGO *Reino de Castela (Espanha) que assinava e se fez conhecer como “JUSEPE de CAMARGO”. 44(MCarvoeira - Freguesia do Condado de Torres Vedras, distrito de Lisboa POR. - Cabo escarposo na costa ocidental de Leiria POR 39º21N 9º24W Ordem de Cristo - Organismo incumbido da expansão da Nova Cruzada da Santa Sé, (propagação do catolicismo, catequização entre gentios) pela qual o Papa fez largas concessões a Portugal

GENEALOGIA de nossos ancestrais CAMARGO no Brasil Diferenciando interessava de classificar quatrocentões, Silva os indicaremos Leme-Genealogia Paulistana a quem troncos com G familiares e índices dos as paulistanos de Camargos no Brasil, focalizando aquelas diretamente relacionados com a árvore genealógica de Zeferino Munhós de Camargo, bisneto, gerações *13/2/1886 Lavras, e 5/12/1970 Bagé, sepultado em Lavras do Sul. / JUSEPE de CAMARGO Apontamentos de Pe. André Gomes Munhós: a "Jusepe de Camargo era sevilhano andaluz, tinha sangue mouro do magreb africano, por sua mãe Gabriela Ortiz. Seu pai Francisco de Camargo pertencia estipe renomada de Burgos, na Castella Velha, onde seus avoengos haviam traçado listrão de bravura na epopéia maravilhosa da reconquista, na qual foram desenhados a sangue os signos heráldicos de seu brasão de áureos castelos em campo rubro e de arruelas veiradas de azul em campo de ouro. Descendente de heróis peninsulares, seu pai, Francisco de Camargo derramou seu sangue quando prisioneiro em Villalar, em 1521, quando os famosos "communeros” espanhóis se levantaram contra Carlos V, chefiados, pelo intemerato Padilha; as forças Carlistas, venceram os fueros de Espanha. Mais tarde, em Pavía, Francisco de Camargo combateu na duelar guerra entre Habsburgo e Angoulême.” No Pesquisando, verifiquei que o trecho acima é de: Alfredo Ellis Jr - Feijó e a primeira metade do século XIX. rodapé Alfredo Ellis Jr tenta se justificar: "como Carvalho Franco não documenta, me dou o direto à imaginação (...)" Não concordo com esta inverdade. Carvalho Franco cita documentos e fontes. Aceito o devaneio para romancista, mas não para historiador, muito menos para genealogista. Inclino-me portanto a concluir que: "Jusepe foi trazido da Europa na armada de Diogo Flores de Valdez, (asturiano)" 48 que se dirigia ao Estreito de Magalhães, para explorar a Província de Nova Leão. Após naufrágio, alguns ficaram na Ilha de Sta. Catarina?” outros em S. Vicente, daí debandando para o interior. Detiveram-se vários meses no Rio de Janeiro e Santos, perdendo parte da tripulação por moléstias e fugas. 46Pesquisa do Dr. Ricardo Gumbleton Daunt in Camargos de São Paulo. Dezembro de 1549, Hans Staden ali encontrou espanhóis vivendo com índios carijós. No mandado expedido pelo capitão-mor Jerônimo Leitão 48 para captura dos desertores da expedição comandada por Diogo Flores Valdez, Cap. - General das costas do Brasil, ata de 9/11/1583, figuram os Madeira, Barregão, Ortiz, Ribeira, Bueno e outros. Escondidos nas casas de portugueses que os induziam a ficar na terra, fracassou a captura e a última tentativa de colonizar Nova Leão. JUSEPE - Patriarca dos DE CAMARGO O José genealogista Roque Luiz de Macedo Paes Leme “º escreve que Ortiz de Camargo, historicamente Jusepe 50 de Camargo, era natural de Castrogeriz, Província de Burgos.51 Azevedo Marques, baseado no inventário de José Ortiz Camargo e sua esposa Leonor Domingues, confirma estes dados. Silva de Leme em 1902, afirmou que Jusepe de Camargo veio de * Castela, na última parte do século XVI. Filho de Francisco de Camargo x Gabriela Ortiz **Castela/ESP Neto paterno de Luiz Dias de Camargo x Beatriz de La Peña52 Já estava no Brasil antes de 1580, quando oficialmente reclamou contra Antônio de Proença. Entre 1590 e 1592 teve destacado papel na defesa da Vila de S. Vicente contra a reação dos silvícolas. 11/4/1590 assinou ata da Câmara de S. Paulo, pedindo um forte e tranqueira de proteção contra invasões. 1592 Almotacel 83, figura num protesto contra o capitáo-mór. 1595 foi eleito Juiz Ordinário de São Vicente. 1598 passou a residir no rocio da Vila de São Paulo e muito auxiliou o vizinho Diogo Fernandes nas diligências da prata e do ouro, organizadas pelos Souzas do Prado. 6/2/1600 - reunião de Oficiais e alguns mores (Câmara S. Paulo) 1602 eleito vereador; Br ári alante hi di é Efetuou várias entradas no final do século XVI. descendo escravos até o Guayrá. ol a ñ ó Cónego chantre da Matriz de Sáo Paulo. filho do guarda-mór e comendador Pedro Dias Paes Leme. 50 lim Atas NAS mare da ordinário, Câmara de S. Paulo, embora no texto conste José de Camargo, juiz é sempre assinou nas atas Jusepe de Camargo. "LA jui Província de Burgos está na região norte de Castela (Castilla la Vieja) ESP. Castela Velha abrangia a região central e norte da Espanha. * $1 Sevilha/Andaluzia/ESP descendente do navegador Afonso de Camargo. ; á Aleridor de pesos e medidas; relacionado ao fisco, exploração de minérios.

1603 mandato renovado: vereador 17/3/1607 Juiz de Órtãos de São Paulo, nomeado por provisão do Governador Geral D. Diogo Botelho. 1611 era juiz ordinário na Vila de São Paulo. 1612 novamente eleito Juiz Ordinário. 10/6/1612 de os 54(...) reunião dos vereadores e maior parte do povo com homens da governança da terra, sob a presidência de José Ortiz Camargo que lhes expõe que, embora D. Luiz de Souza Henriques autorizasse a utilizar os ind 68 votos das aldeias, estes, induzidos pelos jesuítas, ou não queriam servif ou zombavam do poder dos capitães. Por dos entradas escravistas. potentados / da capitania, foram aprovadas as Esteve à frente da Ji bla eleita para Classificação e Registro de escravos vindos da Entrada de Nicolau Barreto, com idêntico prestígio ao outro eleito, Antônio de Proença. "Não o encontramos figurando em nenhuma das entradas no final do século XVI e levadas a efeito pelo capitão-mór Jerônimo Leitão que como é sabido descia escravos até o longínquo Guayrá.” De grande autoridade e respeito, atingira o auge de seu prestígio na Capitania em 1613. Não mais participou da vida pública da Vila de Piratininga, onde faleceu em 1619. Seus descendentes disputaram o Governo de São Paulo por muitos anos com a poderosa família Pires. A administração de vilas e cidades do Brasil Colonial Era feita pela Câmara Municipal eletiva, constituída de: a) 2 Juízes Ordinários, b)Câmara de 2 vereadores dn c)e, excepcionalmente, o Senado da Câmara formado de Oficiais JUSEPE DE CAMARGO casou em S. Paulo com LEONOR DOMINGUES filha de Domingos Luiz x Anna Camacho. neta materna de N..... Ferreira x Gonçalo Camacho bisneta materna de Joanna Ramalho x Jorge Ferreira trineta materna de João Ramalho x Izabel Dias (Mbicy) tetraneta materna do cacique Tebiriçá (Martim Affonso Tebiriçá) 54Carvalho Franco-CAMARGOS de São Paulo JOSÉ ORTIZ DE CAMARGO *Castela/ESP 1 1619S.P. 1.1 - x LEONOR *S. DOMINGUES Paulo de Piratininga + Cap. Fernão de Camargo x Mariana do Prado 1.2 - José Ortiz de Camargo "o moço" x 11/11/1630 S.P. Maria Antunes 1.3 - Cap. Francisco de Camargo x Izabel Ribeiro 1.4 - Cap. Marcelino de Camargo x Mécia Ferreira de Távora 1.5 - Jerônimo de Camargo x 1.6 - Gabriela Ortiz de Camargo Anna de Cerqueira x Estevam Gomes Cabral 1.7 - Marianna de Camargo x Bartholomeu Bueno da Ribeira 1.8 - Anna Maria de Camargo x Cláudio Furquim Francez 1.9 - Ignácio de Camargo 1.1 - x Maria Luiz Cap. FERNÃO DE CAMARGO - "o Tigre" (jaguareté) Bandeirante - Nasceu em S. Paulo, onde morreu aos 29/12/1678. Alfredo Ellis Jr - O bandeirismo paulista, "em 17/3/1635 o Tigre partiu de S. Paulo com mais de duzentos paulistas, além de índios, numa bandeira contra os Patos.*º Por via marítima foi de S. Vicente a Itanhaem, passou pelos sertões de Aracambi e por Laguna, vindo ao Sul atacou as reduções jesuíticas espanholas." 56 Comandante na bandeira dos Camargos e Leme.” Veio como imediato na expedição que iniciou a conquista da Província de Tape. 8 onde existiam inúmeras reduções jesuíticas paraguaias. 1637-1638 participou da bandeira de Fernão Dias Paes, reduções do Tape; atravessou os sertões do Paraná e Santa Catarina, passou por trilha próxima a atual Vacaria/RS. 1640 - Com apoio da Coroa, foi um dos chefes do movimento de expulsão dos jesuítas da Província de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Fernão de Camargo foi vereador. 1653 - Juiz ordinário da Vila de São Paulo. gráfico RS, Fernão de Camargo percorreu, pelo álveo dos rios, territórios Como os paulistas denominaram a antiga regiáo indígena junto a Lagoa dos Patos. ON um mapa destes roteiros feitos por Tupí Caldas, historiador e geógrafo do Instituto Histórico e G pertencentes atualmente a S.Gabriel, Lavras do Sul e Bagé, descendo depois a Maldonado e Colônia do Sacramento, Retornou a S.Paulo, pelo Prata e afluentes do rio Paraná. 571655 - “apitão de S.Vicente, Luis Dias Leme fabricava navios de pequena tonelagem. *B7ape- Grande nação indígena que habitava terras entre o Oceano Atlântico a Serra dos Vapes e o Rio Uruguai (limites N e NO do Rio Grande do Sul). A Serra do Tape fica à margem ocidental do rio São Gonçalo, estendendo-se pelos municípios de Pelotas e Piratini
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